Título: Coroa da Meia-Noite
Série: Trono de Vidro
Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Gênero: Alta Fantasia, Romance
Ano: 2014
Páginas: 406
Sinopse: Celaena Sardothien, a melhor assassina de Adarlan, tornou-se a assassina real depois de vencer a competição do rei e se livrar da escravidão das Minas de Sal de Endovier. Mas sua lealdade nunca esteve com a coroa. Tudo o que deseja é ser livre — e fazer justiça. Nos arredores do castelo, surgem rumores a respeito de uma conspiração contra misteriosos planos do rei, mas antes de cuidar dos traidores, Celaena quer descobrir exatamente que planos são esses. O que ela não imaginava é que acabaria em meio a uma perigosa trama de segredos e traições tecida ao redor da coroa. Enquanto a amizade entre ela e o capitão Westfall cresce cada vez mais, o príncipe Dorian se afasta, imerso em seus próprios dilemas e descobertas. A princesa Nehemia acaba se tornando uma conselheira e confidente, mas sua atenção está mais voltada para outros assuntos. Em Adarlan, um segredo parece se esconder por trás de cada porta trancada, e Celaena está determinada a desvendar todos eles para proteger aqueles que aprendeu a amar. Mas o tempo é curto, e as ameaças ao redor castelo de vidro estão cada vez mais próximas. Quando menos se espera, uma trágica noite mudará a vida de todos no reino, e mais do que nunca Celaena quer descobrir a verdade para fazer justiça.
Pode conter spoiler do livro anterior!
No volume anterior Celaena lutou contra vários adversários para conseguir a posição atual de assassina do Rei, não porque ela quer essa “profissão”, mas porque ela depende disso para conseguir sua liberdade. Apesar de odiar o Rei, que é um tirano perverso, ela agora tem que matar uma lista de pessoas que o Rei acredita que está tramando contra si. Ele tem um plano para conquistar todo o Reino, mas Celaena também tem os seus e por isso, corre um grande risco caso seja descoberta.
"- Por que está chorando?
- Porque - sussurrou Celaena, a voz falhando - você me lembra de como o mundo deveria ser. De como o mundo pode ser."
A série Trono de Vidro mistura fantasia em um mundo que me lembrou um pouco da “Terra Média” dos filmes de O Senhor dos Anéis. Apesar de ser jovem, agora com 18 anos, Celaena é uma guerreira e a mais temida assassina de Adarlan. Antes escrava nas minas de sal, ela foi liberta e vai buscar vingança. Ela é órfã desde menina e sofreu de todas as formas possíveis. A personagem cresceu de um livro para o outro, amadureceu e vemos seu lado mais sombrio em vários momentos.
[...] Parte de Celaena se perguntava se a verdade que desvendasse sobre aquele movimento rebelde e sobre os planos do rei a destruiria. E não apenas ela - mas também tudo que ela havia passado a gostar.
Fui surpreendida diversas vezes durante a leitura, vários segredos importantes foram revelados, novos inimigos surgiram e uma força muito grande está prestes a tomar conta do Reino causando grande destruição. A metade inicial do livro é um pouco mais lenta, mas na metade tem uma reviravolta que muda o rumo de tudo e a coisa fica feia.
O livro não tem a mesma ação inicial que o primeiro, é um pouco mais calmo, mas nem por isso deixa de ser interessante. As intrigas e segredos que percorrem durante toda a história, me prenderam na leitura e me fizeram criar teorias sobre quais seriam esses mistérios que rondam o rei e tudo mais. Tem intriga, mortes, mistérios, romance, segredos, magia, violência e muito mais.
O príncipe sentiu o estômago revirar, não apenas por causa da cabeça decepada e das roupas endurecidas com sangue de Celaena, mas também pelo fato de que não conseguia, pela própria vida, encontrar a garota que amara em qualquer parte do rosto dela. E pela expressão de Chaol, Dorian sabia que o amigo sentia o mesmo.
O príncipe Dorian não tem tanto destaque no início do livro. Em compensação Chaol ganha mais destaque (uhuuuu adorooooo). O livro não tem como foco o romance, mas é uma das coisas que eu mais gosto na história, principalmente nesse segundo volume. Muita das vezes o que me prende numa leitura não é o romance de fato concretizado, mas sim aquela sutileza que faz muita das vezes os personagens não percebem o que um sente pelo outro, essa descoberta, o amor proibido... aiai, só sei que me vi suspirando em alguns momentos rs. Tem o possível triângulo amoroso desde o primeiro livro e eu sou #TeamChaol.
[...] O limite entre ele e Celaena existia por um motivo. Atravessá-lo colocaria em xeque sua lealdade ao rei que estava diante dele - sem falar no modo como isso impactaria a amizade entre o capitão e Dorian.
Desde o primeiro livro eu adoro o Capitão da Guarda, que iniciou sério, focado e até arrogante, mas que aos poucos foi se afeiçoando a Celaena e perdendo esse jeitão. Agora eles se tornam bons amigos, confiam um no outro e é claro, Chaol se apaixona por ela. Já o Príncipe Herdeiro Dorian, com quem Celaena teve um breve romance no primeiro livro, se afastou depois que ela deu um fim no “caso” deles e agora está mais distante que nunca, até porque começa a se preocupar mais com os afazeres de príncipe. Ele ainda gosta dela, mas começa a perceber que ela e Chaol se aproximaram mais do que ele deseja.
A diagramação segue a do livro anterior. E mais uma vez a capa traz a guerreira Celaena, dessa vez em um traje preto, capa vermelha e duas espadas, numa posição de luta. Na contracapa podemos ver a personagem de costas em um vestido vermelho com renda preta e com suas espadas (ela o usa na história). Também veio o mapa de Erilea (na imagem eu peguei ele em inglês só para exemplificar). Só fiquei chateada porque no livro anterior vinha o marcador para ser destacado e nesse volume não veio :(
Gostei bastante desse volume, mais do que o primeiro. Algo que eu torcia aconteceu, além de revelarem vários segredos importantes e que respondem algumas questões que ficaram do livro anterior. Recomendo para quem gosta desse gênero de leitura, quem busca aventura, High Fantasy, magia, romance...
PS: Alta Fantasia (High Fantasy) para quem não sabe é um subgênero da fantasia que envolve livros que descrevem um mundo totalmente novo, abusando de elementos como a coragem e a força de seus personagens, narrando sobre uma grande batalha que põe em risco o mundo literário criado e fazendo uso de elementos éticos e políticos existentes entre os extremos de ‘bem versus mal’. Desenvolvem-se em mundos completamente fictícios, alguns paralelos ao nosso próprio, onde o poder da magia é grande e a tudo permeia. Exemplos desse gênero são os livros do Tolkien e George R. R. Martin.
- Resenha de Trono de Vidro (primeiro volume da série)
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