Resenha: Cinder de Marissa Meyer

Título: Cinder
Autora: Marissa Meyer
Editora: Rocco
Gênero: Fantasia, Ficção Científica, Reconto, Young Adult
Ano: 2013
Páginas: 448
Sinopse: Num mundo dividido entre humanos e ciborgues, Cinder é uma cidadã de segunda classe. Com um passado misterioso, esta princesa criada como gata borralheira vive humilhada pela sua madrasta e é considerada culpada pela doença de sua meia-irmã. Mas quando seu caminho se cruza com o do charmoso príncipe Kai, ela acaba se vendo no meio de uma batalha intergaláctica, e de um romance proibido, neste misto de conto de fadas com ficção distópica. Primeiro volume da série As Crônicas Lunares, Cinder une elementos clássicos e ação eletrizante, num universo futurístico primorosamente construído.

Em um mundo futurístico, Cinder é uma humana/android de 16 anos. Ela é a mecânica mais reconhecida de Nova Pequim, mas suas peculiaridades fazem as pessoas se afastarem. Ela vive com sua madrasta e duas meias-irmãs. Peony é sua única amiga e boa com ela, mas Pearl, junto com a madrasta, não gosta dela. Num dia comum de trabalho ela recebe a visita do príncipe Kai para que conserte um ciborg antes do baile anual, onde há boatos de que o príncipe está em busca de uma noiva, mas antes de conseguir consertar o ciborg, algo inesperado acontece. 

Sua irmã Peony é infectada por um vírus que ainda não possui cura e está matando a todos que são infectados. Assim, sua madrasta a envia como "voluntária" a cobaia para a busca da cura, onde até agora ninguém sobreviveu. Ao começarem os testes com ela, os pesquisadores descobrem que ela é diferente de tudo que conhecem e que o motivo é algo pelo qual existam pessoas dispostas a matar para conseguir. 
Na parte inferior da tela surgiu uma informação: TAXA: 36%.
Ela era 36,8% inumana.
Nesse mundo criado por Marissa Meyer existem os seres lunares, que vivem na lua, são manipuladores e possuem um poder de controlar a mente dos humanos. Sua rainha atual, Levana, quer uma aliança com a Terra, através de um casamento com o príncipe Kai, em troca de não começar uma guerra contra eles. Ela é má, ditadora e manipula as pessoas a seu redor. A possível aliança que pode formar com Kai faria com que os humanos tivessem que se submeter a sua ditadura e maldade e a não aliança levaria a uma guerra, ou seja, de um jeito ou de outro as coisas não são boas para os terráqueos. Kai terá que decidir seu futuro e o de sua nação em breve, pois a rainha Levana chega a Terra querendo sua resposta. 
[...] Lunares eram pessoas cruéis e selvagens. Eles matavam suas crianças que nasciam sem o dom. Mentiam, trapaceavam e faziam lavagem cerebral uns nos outros porque podiam. Não se importavam com o mal que fariam, desde que fossem beneficiados.
A narração é feita em terceira pessoa, mas não somente sobre a visão de Cinder. Achei a linguagem um pouco complicada e a leitura não fluiu muito bem comigo, apesar da história estar interessante. Demorei a me acostumar com a narrativa, mas a história foi ficando melhor ao passar das páginas e isso ajudou muito. O acabamento do meu livro não foi bom, pois com apenas uma leitura as páginas pareciam que iriam descolar (não ia dizer não, mas meus livros da editora tem essa tendência  a descolar #ProntoFalei). Fiquei traumatizada depois de acontecer isso com meu livro preferido Jogos Vorazes (sorte que sou fã enlouquecida e coleciono em inglês, além de ter o box em português de "lembrança", porque gosto mesmo é de ler no original).

Cinder é uma personagem interessante, gostei de sua personalidade. Kai foi quem eu mais gostei. O pouco relacionamento que eles têm um com o outro foi uma das partes mais legais da história, porque era fofo e eu ficava torcendo por eles. 

Achei algumas coisas previsíveis e descobri as revelações finais já no início do livro, mas isso não tirou a graça da história que começou a me conquistar mesmo já quase na metade devido a narrativa que me cansou um pouco. O final deixa pontas soltas para a continuação, chamada Scarlet, onde além de Cinder temos uma nova protagonista.

Cinder foi uma versão voltada para Cinderela e Scarlet uma versão voltada para a história da Chapeuzinho Vermelho. Há ainda um terceiro livro, Cress, com Rapunzel e o quarto e último Winter (2015 no exterior) com Branca de Neve. Todos eles envolvem a personagem do primeiro livro Cinder. Além dos livros há 3 contos que se passam entre um livro e outro. 

Apesar das dificuldades iniciais com a leitura e a má qualidade da cola nas páginas, eu adorei a história e estou ansiosa pela continuação (que eu tenho em inglês). Foi interessante a mistura de conto de fadas, ciborgues, elementos distópicos e pós-guerra na história. Recomendo para quem gosta do gênero, de contos de fadas reescritos, e tudo mais que citei!






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