Título: Quero ser Beth Levitt
Autora: Samanta Holtz
Editora: Novo Século
Ano: 2013
Páginas: 544
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* À pedido da Aninha, tentarei fazer ao final das resenhas, uma breve descrição das capas, para aqueles que visitam o blog e possuem alguma deficiência visual e querem ter uma ideia de como são as capas dos livros resenhados. (Andresa)
Autora: Samanta Holtz
Editora: Novo Século
Ano: 2013
Páginas: 544
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Sinopse: Amelie Wood perdeu os pais aos doze anos e, desde então, vive em um abrigo de meninas. Com a chegada do seu décimo oitavo aniversário, ela vive agora o temido e esperado momento de deixar o lugar que a acolheu por toda a adolescência para enfrentar o mundo em busca dos seus sonhos. Seu bem mais precioso é o velho exemplar do romance que sua mãe lia para ela, na infância. "Doce Acaso" contava a história de Beth Levitt, uma jovem que, como ela, amava o balé e tinha a vida transformada ao conhecer o príncipe Edward. Amie suspira ao reler incansavelmente aquelas páginas, imaginando quando o príncipe da vida real baterá em sua porta... Por isso, ao soprar as velas, não tem dúvida quanto ao seu pedido: "Quero ser Beth Levitt!". Através de grandes coincidências e uma trajetória que ela jamais imaginaria, Amie se vê, de repente, no fascinante mundo do cinema, cara a cara com o príncipe mais lindo que sonharia encontrar e lutando para se esquivar da maldade de muita gente invejosa, contando, para isso, com sua melhor arma: um coração puro.
Há alguns que não acreditam, outros temem. Alguns confiam, outros desprezam. Ele trabalha silenciosamente, aleatoriamente e em seu próprio tempo. Acaso. Simplesmente essa força invisível que fica atrás dos panos, fazendo pessoas se encontrarem, ou desencontrarem; trazendo surpresas boas ou más; Levando a uniões ou rompimentos. Surpreende, assusta. Amargo ou doce, mas sempre indomável.
"Uma vez, sua mãe lhe ensinara que cada um cumpre o seu papel na vida do outro e, um dia, simplesmente vai embora. Ela sabia bem o que era isso."
Amelie Wood aprendeu cedo demais o quão difícil a vida pode ser. Seus pais morreram quando ela ainda era muito jovem, no entanto, isso nada fez para mudar sua natureza pura e bondosa. A partir de então, ela passou a viver em um acolhedor lar para órfãs, onde encontrou verdadeiras irmãs. Quando completou dezoito anos, era a hora de partir para a insegurança do mundo fora das portas do orfanato. Embora temerosa, Amie sempre poderia contar com seu surrado exemplar de "Doce Acaso", o livro que sua mãe lera incansavelmente para ela, e uma espécie de companheiro para todas as horas. Ao assoprar as velas de seu bolo, o desejo que irrompeu de seu coração era claro: Quero ser Beth Levitt. Após uma série de reviravoltas impressionantes, Amelie se vê no mundo do cinema, contracenando com aquele que poderia ser seu príncipe diretamente saído de "Doce Acaso", que, aliás, tem papel fundamental nessa incrível jornada. Auxiliada pelo acaso, Amelie irá, ou não, realizar todos os seus sonhos, mesmo os mais íntimos.
"Se fossem fáceis, não seriam sonhos. Nem valeriam a pena."
A primeira coisa digna de nota nesse livro são os títulos dos capítulos que foram colocados de uma forma muito criativa. Cada capítulo inicia-se com um trecho do próprio capítulo. Um trecho especialmente escolhido para trazer curiosidade e até ansiedade a quem lê. Muitas vezes, ao ler o título, pensei que iria acontecer determinado fato, mas acabou por ser o contrário. A leitura começa despretenciosa, mas a cada página virada conquista um pouco mais. A escrita de Samanta detém uma meiguice singular, envolvendo e tecendo um clima delicioso e doce.
Amelie é inacreditável, forte e pura, determinada e sonhadora. Espelha muitas das jovens que tem sonhos, mas ao contrário dela, acabam escondendo, sentindo vergonha ou desanimando. Quanto a Chris, penso que toda mulher apreciaria alguém como ele a seu lado. Até mesmo os personagens secundários têm suas particularidades e nos reservam diversas surpresas.
"Gostava de pensar que sua vida seria como a dela: mudanças inesperadas, um príncipe apaixonado e o desfecho digno de contos de fadas..."
Tocante, impressionante e cheio de candura, Quero ser Beth Levitt não é um livro para qualquer pessoa. Somente para aqueles dispostos a se entregar, realmente. A esses, boas horas longe de tudo estão mais do que garantidas. Surpreendente, com reviravoltas mesmo quando achamos que tudo está em seu devido lugar. A trama é intrincada, com um encaixe fabuloso e um final... diferente. Ensina a acreditar no amor, nos sonhos e em si mesmo; A ver o acaso pelo lado bom, a levar a vida com mais tranquilidade e doçura. Um conto de fadas moderno e bem construído.
"Cada segundo na presença dele estava cuidadosamente guardado em sua memória, no espaço reservado aos grandes acontecimentos..."
Antes de escrever essa resenha, precisei de alguns instantes para trazer de volta o clima de magia que me envolveu durante a leitura. A paz e os sentimentos bons com os quais as palavras de Samanta me presentearam deixaram impressões, para muito além das lembranças relacionadas as aventuras de Amie.
"Sorriu para a linda paisagem iluminada à sua frente, pronta para ir desenhar seu próprio horizonte."
Leve e intenso, esse livro traz força, esperança, amor e longos suspiros sonhadores. Com ele eu ri, fiquei tensa, me emocionei... Por que precisamos duvidar que uma verdadeira história de amor seja possível? É isso que Samanta Holtz nos traz ao apresentar a doce bailarina e seu livro favorito. Acredito que Samanta irá longe com o talento e o potencial que tem. A mim, com toda a certeza, ela já conquistou.
Descrição de capa (feita pela própria autora nos comentários abaixo)*: a imagem da bailarina foi adquirida de um banco de imagens. A moça está com roupas de bailarina, mas não são roupas muito elegantes, e sim, um pouco desgastadas, representando a simplicidade da Amelie. E a posição também me deixou em dúvida, na primeira vez em que vi a imagem, mas pesquisei na internet e encontrei outras fotos de bailarinas nessa mesma pose. Percebi que é o movimento para começo ou final de uma apresentação!
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