Título: Reiniciados
Série: Slated #1
Autora: Teri Terry
Editora: Farol Literário
Gênero: Distopia, Ficção
Ano: 2013
Páginas: 432
Sinopse: As lembranças de Kyla foram apagadas, sua personalidade foi varrida e suas memórias estão perdidas para sempre. Ela foi reiniciada. Kyla pode ter sido uma criminosa e está ganhando uma segunda chance, só que agora ela terá que obedecer as regras. Mas ecos do passado sussurram em sua mente. Alguém está mentindo para ela, e nada é o que parece ser. Em quem Kyla poderá confiar em sua busca pela verdade?
Intrigante, Reiniciados tem aquele tipo de história que nos deixa curiosos para descobrir os segredos por trás de tudo. Não sabemos o que é verdade, o que é mentira, o que é memória, o que é sonho, o que é real ou não, deixando-nos apreensivos com tudo o que vem pela frente.
“[...] não me dispensam mais atenção do que para uma minúscula aranha no corredor. Reiniciados: indignos de serem notados. Não somos ameaça."
Em um futuro próximo, a Europa é assolada por um colapso econômico e fica em um período conturbado. No início as manifestações dos estudantes eram pacíficas, mas a frustração e a raiva crescem e assim a violência aumenta. Com isso os Lordeiros são criados e eles tem tolerância zero à violência e desobediência civil. Para reabilitar aqueles que ficam contra esse novo estabelecimento, o governo encontra uma maneira de controlar os rebeldes, as gangues, os manifestantes e qualquer outro grupo de pessoas que poderia desobedecer as novas leis, criando o programa “Reiniciados”, onde TODA a memória dos infratores menores de 16 anos seriam apagadas e eles começariam uma nova vida do zero, com uma nova família e tenho que reaprender tudo de novo.
"[...] não sou uma nova pessoa, não importa o quanto eles digam que sou. E se não sou uma nova pessoa, seja lá o que eu tenha feito, ainda está aqui, ainda é parte de mim, escondida em algum lugar."
Kyla é uma Reiniciada um pouco diferente e levou mais tempo que os demais para sair da clínica onde recebeu o programa, tem sonhos e possíveis lembranças que não deveria, mas ainda assim é levada para uma nova família, ganhando assim um pai, uma mãe e uma irmã também Reiniciada. Nessa nova vida, ela começa a ter flashes e sonhos de coisas que lhe parecem familiares e precisa esconder isso de todos para não passar pelo procedimento de novo, afinal, ela não pode se lembrar de nada do passado. Sem saber em quem confiar ela terá que enfrentar os desafios que virão, inclusive um novo garoto que entrará em sua vida e a mudará para sempre.
"Minhas memórias se foram, mas parte de mim se lembra. Meu corpo, meus músculos [...] Então não é a mesma coisa que começar do zero, não mesmo. É como se, ao dar o impulso certo, você consiga fazer coisas que tinha esquecido. Quem sabe do que mais sou capaz?"
Achei interessante a história se passar em Londres num futuro não tão distante (uns 40 anos à frente). Os Reiniciados devem obrigatoriamente seguir as regras. Cada Reiniciado tem um aparelho chamado Nivo, que mede sua “felicidade”. O objetivo é ficar acima do nível 5. Se esse valor diminui, há consequências, como por exemplo desmaio e inconsciência. Estar num nível baixo significa que o Reiniciado está ficando agressivo, raivoso e como objetivo é fazer com que não haja nenhum problema como antigamente com manifestações, gangues, etc., eles precisam estar com um nível aceitável no Nivo. O resultado pode ser até mesmo a morte.
Não há muita ação, mas o mistério, os segredos, as injustiças nos intrigam de uma forma que faz com que queiramos ler, ler e ler até descobrir o que as pessoas e o governo escondem, quais seus planos, etc. Pessoas começam a desaparecer, a serem pegas por coisas mínimas e a segurança (ou seja, os Lordeiros) começa a crescer pela cidade. Novos possíveis ataques são esperados. Novas prisões. Novos perigos. Novos segredos.
"Ele me segura, me abraça. Sua proximidade faz com que meu coração bata mais rápido, minha pele está formigando, meu corpo deseja coisas que desconheço. Todas as coisas que dizem para evitar por causa do meu Nivo. Como seria viver sem aquilo?"
A diagramação é simples e boa, com letras em um bom tamanho, folhas amarelas, os capítulos curtos e a narração em primeira pessoa sob a visão de Kyla. Gostei dos personagens, mas não cheguei a amá-los. Kyla é interessante, sem as memórias, suas atitudes diferentes dos outros Reiniciados. Ben foi uma incógnita em alguns momentos, mas de modo geral gostei dele. Há outros como a “mãe” o “pai” e a “irmã” reiniciada de Kyla que foram os que mais me deixaram em dúvida na história, se eram ou não confiáveis e quais segredos eles escondem.
Sabem aquele ditado que diz para não criar muita expectativa com nada? Pois é, eu ainda estou tentando aprender isso rs. Reiniciados foi uma leitura que me agradou bastante, tem uma boa narração, bons personagens, boa diagramação, boa trama, mas senti falta de alguma coisa que não sei exatamente o que é. Acredito que foi a tal expectativa e também por ser um livro introdutório, não houve muita ação como eu esperava. Acho que porque estou mais acostumada a ler distópicos com mais movimentação. Mas de toda forma, foi um bom livro e uma boa leitura! Com certeza vou continuar até o último e em breve começo o segundo volume!
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