Resenha: PDM de Stephen Wallenfels

Título: PDM
Autor: Stephen Wallenfels
Editora: Bertrand Brasil
Gênero: Ficção Científica
ISBN: 9788528619584
Ano: 2014
Páginas: 280
Sinopse: PDM apresenta a história de dois adolescentes que lutam para escapar de um ataque alienígena. Alternando a narrativa entre a voz de Megs e a de Josh, o autor revela ao leitor o quanto a humanidade é capaz de lutar pela sobrevivência e como os seres humanos podem acabar se mostrando inimigos ainda mais perigosos do que os invasores desconhecidos. Inicialmente pensado para ser volume único, o livro conquistou tantos admiradores ao redor do planeta que Wallenfels entregou há poucos meses a continuação. Segundo o próprio autor, o segundo vai chocar ainda mais os leitores. Hoje, PDM já passou de vinte edições lançadas.

"Em nossa obsessão com os antagonismos de agora, com frequência esquecemos tudo o que une os seres humanos. Talvez precisássemos de uma ameaça externa, universal, para reconhecermos esses laços comuns. Às vezes penso em como as diferenças no mundo sumiriam rapidamente se encarássemos uma ameaça de fora do planeta." (Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos, em 1987)
É com esse discurso que se inicia a história de PDM. 

Washington: Josh está perto de fazer 16 anos e acorda numa madrugada qualquer com um zumbido insuportável na cabeça. O que ele e seu pai não imaginavam é que estavam diante de uma invasão alienígena em sua cidade. Presos dentro de casa e junto com seu labrador, eles terão que pensar em sua sobrevivência e no fato da mãe estar fora em uma viagem de trabalho e sem comunicação, não há como saber o que acontece com ela. 

Los Angeles: Megs tem 12 anos e foi deixada pela mãe dentro do carro em um estacionamento/garagem de um hotel enquanto ela ia para uma “entrevista de emprego” e voltava logo. Quando de repente o ataque alienígena começa a acontecer diante de seus olhos e pessoas são vaporizadas por um raio de luz. 

Em lados opostos, os dois terão que fazer de tudo para sobreviver a isso, eles só não fazem ideia de como. Todo ser humano ao ar livre é um alvo fácil dos PDMs (sigla criada por Josh para dar um nome aos invasores - em inglês a sigla é POD). Eles soltam raios que fazem desaparecer qualquer um. Só que pior que o ataque alienígena, podem ser os humanos, que em tempos de desespero mostram sua verdadeira face e podem ser muito mais perigosos que os "visitantes". 

A narração é dividida entre os dois personagens em primeira pessoa. A diagramação do livro é bem interessante, usando uma fonte diferente para os capítulos dos dois. A letra é mais masculina quando Josh nos conta sua história e mais redondinha e feminina na vez de Megs. Adorei isso. Cada capítulo tem um título e equivalem a um dia de sobrevivência. 

O livro já começa no dia da invasão, então não há muita enrolação quanto à isso, o que é ótimo. Gostei mais dos capítulos de Megs, porque apesar da pouca idade (ela parecia ser mais velha), o fato dela estar dentro de um carro, em um estacionamento/garagem de um hotel, sem muitos suplementos e tentando sobreviver foi mais interessante pra mim, do que Josh e seu pai em casa. 

Josh é um adolescente que se irritava com as ações que pai, que parecia muito passivo, enquanto o mundo era invadido e pessoas morriam a todo canto. Megs fica esperançosa na volta da mãe, mas é esperta e mesmo sozinha fará de tudo para sobreviver. 

Esse livro serviu para mostrar como a mente humana pode funcionar em um momento de crise como esse. Aos poucos ficando sem comunicação com o mundo exterior, sem luz, sem água e comida e às vezes sem sanidade, o que ele é capaz de fazer. Uns querem poder, outros tentam apenas sobreviver... há momentos cruéis e que nos fazem pensar que muito do que acontece na história, poderia acontecer no mundo em que vivemos e isso é apavorante. O que dá mais medo não são os ETs circulando pelo céu, mas sim o ser humano e o que ele é capaz de fazer. 

A capa tem vários elementos referentes ao livro. Tem uma rua abandonada, uma imagem que representa as PDMs (uma esfera preta), uma névoa cinza apavorante e um ser humano no meio da névoa, sem rosto, sem identidade. Pesquisei as capas de outros países e achei uma mais esquisita que a outra. O livro, que inicialmente seria único, terá sequência (não sei quantas) e o segundo, apesar do autor já ter finalizado, ainda não foi lançado, nem tem data de lançamento no exterior, somente tem o título "Monolith" (Monólito). 

Tem ação, momentos horripilantes, suspense e muito mais. Recomendo essa leitura para todos aqueles que gostam desse gênero de leitura! 

Deem uma olhada nas capas estrangeiras e digam o que acham delas:


Esse livro fez parte da minha lista de leitura da II Maratona Literária #EuSouDoideira e como eu tinha que escolher uma música para o livro, escolhi uma instrumental do filme Independence Day, chamada "1969 - We Came in Peace".




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