Resenha de Concurso Cultural: A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak


Em março fizemos um Concurso Cultural especial para estimular o resenhista que existe em cada um de nós. Depois de alguns contratempos (Leia tudo aqui) finalmente escolhemos nossa vencedora e sua resenha se encontra aqui

Como havíamos dito, as outras 3 participantes que enviaram suas resenhas com alguma regra não cumprida, vão receber um kit de marcadores e terão suas resenhas postadas no blog as sextas-feiras desse mês.

Portanto, essa semana veremos a resenha de Lara Emerich. Você tem 3 dias para responder o e-mail que lhe enviamos.


Segue sua resenha:



Título: A Menina que Roubava Livros 
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788598078175
Ano: 2007
Páginas: 480

Sinopse: Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal.


“Quando a Morte conta uma história você deve parar para ler.” Logo na capa do livro nos deparamos com essa frase. Imediatamente ficamos curiosos para saber o que está por vir.

Em plena Alemanha nazista, durante a Segunda Guerra Mundial, com tantos afazeres, a Morte reserva um tempo para narrar a história de Liesel, uma garota especial, que já esteve cara a cara com a narradora em três situações.

O livro começa mostrando um dos encontros que Liesel teve com a Morte. Durante uma viagem de trem Liesel presencia a morte de seu irmão mais novo e logo em seguida é largada na porta de Rosa e Hans Hubermann. Esse casal alemão acolhe a menina e tenta dar uma vida digna a ela.

Na morte do irmão Liesel viu a Morte pela primeira vez. Essa foi também a primeira vez que ela roubou um livro. “O manual do Coveiro”, um livro que o homem que cuidou do enterro deixou cair.

O melhor amigo de Liesel é Rudy, seu vizinho, um garoto muito esperto que aprendemos a amar logo em suas primeiras aparições. Ao longo da história conhecemos também Max, um judeu que recebe apoio dos Hubermann. Com seus cabelos que parecem penas ele se torna um grande amigo de Liesel. Eles possuem muitas coisas em comum, o que acaba criando um laço muito forte entre eles.

Através de personagens como Hans Hubermann percebemos que existem pessoas com um ótimo coração, dispostas a ajudar o próximo, mesmo que essa ajuda pode prejudicá-las. É ele quem ensina a filha a ler e incentiva sua paixão pelos livros. Um homem simplesmente adorável.

Markus Zusak nos mostra o outro lado da história. Nós estamos acostumados a ver a crueldade dos alemães e a injustiça sofrida pelos judeus. Mas nesse livro vimos uma outra realidade: a vida sofrida dos alemães de classe baixa.

Um livro incrível. Um linda história de drama, amizade, companheirismo, amor, injustiça e guerra. Recomendo a todos. 

“Os seres humanos me assombram.”


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