Resenha: Gregor, O Guerreiro da Superfície de Suzanne Collins



Título: Gregor, O Guerreiro da Superfície (Série Underland Chronicles #1)
Autora:Suzanne Collins
Editora:Galera Record
ISBN:9788501081865
Ano:2008
Páginas:304

Sinopse:Gregor tem uma vida complicada. Seu pai desapareceu há dois anos e ele é o responsável por tomar conta das irmãs mais novas. Mas tudo se complica ainda mais quando ele e Boots, sua irmã de 2 anos, caem por um duto de ventilação e encontram um incrível universo desconhecido sob a cidade de Nova York, o Subterrâneo. De uma hora para outra, o menino precisa liderar um estranho grupo de humanos e animais gigantes numa perigosa missão.

Antes da febre Jogos Vorazes aparecer eu já havia ouvido falar na série Gregor mas na época não me interessou muito. Depois que li (e me apaixonei) pela série JV eu resolvi que tinha que ler esse livro porque adoro o modo com a Suzanne escreve. Graças a parceria com a Galera pude ter essa oportunidade antes do que imaginava!

Gregor é um menino de 11 anos que mora com sua mãe, irmãs e avó. Seu pai desapareceu quando ele tinha quase nove anos e desde então ele virou “o homem da casa”. Ele faz as tarefas e cuida das irmãs, pois sua mãe teve que arrumar dois empregos para sustentar a família desde que o pai sumiu sem deixar rastros e ninguém tem ideia do que aconteceu a ele.

Gregor não pôde ir ao acampamento de verão onde todas as crianças de sua idade estavam inclusive para onde sua irmã do meio (Lizzie) irá porque ele teria que tomar conta da irmã menor, Boots. Enquanto lava as roupas na lavanderia que fica no porão de sua casa, eles são sugados por um duto de ventilação que nem sabiam que existia e ao chegar ao fim dessa viagem se deparam com baratas gigantes (eca) e assim descobrem que há um novo mundo lá em baixo. Além disso, lá habitam vários humanos e existe uma cidade Subterrânea chamada Regália que fica abaixo de Nova York, onde o meio de transporte entre outras coisas estão morcegos gigantes.
Eles podiam até chamá-lo de convidado, mais isso não mudava o fato de que ele e Boots eram prisioneiros. Convidados poderiam ir embora se assim desejassem. Prisioneiros tinham de escapar. E era exatamente isso que Gregor pretendia fazer. [Pág 59] 

Apesar de alguns deles se mostrarem amistosos, tudo que Gregor mais quer é voltar para casa para não preocupar a mãe. Os humanos  que lá vivem são diferentes de nós, eles possuem a pele translúcida e olhos violetas, provavelmente resultado de alguma mutação por viver tanto tempo longe da luz solar, etc. Claro que Boots adora tudo que encontra lá em baixo, e ao invés de ficar com medo dos bichos gigantes ela os adora e assim conquista muitos moradores de lá. Apesar disso há criaturas morando no subterrâneo que não são nada amistosas e te comeriam na hora, como os ratos enormes com quase 2 metros de altura.
No presente momento, os ratos são os nossos maiores inimigos. Se você se deparar com um rato fora dos muros de Regália, tem duas opções: lutar ou morrer. Apenas a esperança de uma grande vantagem poderia manter um humano vivo nas patas deles. [Pág. 106]
Gregor descobre que há a possibilidade de seu pai estar vivo no Subterrâneo como prisioneiro dos ratos e os humanos que vivem em Regália acreditam que ele é um guerreiro que poderá salvá-los devido a uma profecia muito antiga que eles possuem. Além disso, uma guerra está prestes a acontecer e a única esperança que eles possuem de vencer está nele.

Gregor é um garoto muito corajoso para sua idade, muito inteligente e se preocupa com os demais! Boots é a coisinha mais fofa que se diverte até quando está em apuros. Adoro o jeitinho que a autora escreve as falas dela como Guégo (quando chama Gregor) entre outras, mostrando mesmo a linguagem de uma criança bem novinha. Luxa é a rainha dos habitantes de Regália e de cara dá para perceber que ela é meio esnobe mas no fundo é alguém que já sofreu no passado. Vikus é um dos comandantes junto com sua esposa e além deles há um conselho que também governa, pois Luxa só poderá governar quando completar 16 anos.
- Eu não choro desde a morte dos meus pais - Luxa disse, baixinho. - Mas sou considerada fora do normal nesse aspecto.

Gregor sentiu ainda mais lágrimas escorrendo pelas bochechas quando pensou no quanto você precisaria ser ferido para perder a habilidade de chorar. [Pág. 243] 
O livro é em 3ª pessoa na visão de Gregor e tem muita aventura. Gostei muito de manterem a capa original, mas não gostei da edição lançada esse ano vir com uma bola vermelha no canto do livro indicando que é a mesma autora de Jogos Vorazes, apenas porque o vermelho tem grande destaque na capa e para mim tirou sua harmonia. 

Todos os personagens tem sua importância na história e na profecia! Adorei todos ou a maioria, sejam eles humanos ou criaturas enormes que na vida real eu tenho nojo como as baratas rs. Já tenho os dois próximos volumes e estou ansiosa para ler. Uma ótima aventura. Super recomendo. Suzanne mais uma vez me conquistou com seu jeito de contar uma história.
- Esperança - Vikus revelou. - Haverá muitos momentos em que ela será difícil de encontrar. Tempos em que será muito mais fácil escolher o ódio, em vez dela. Mas se você quiser encontrar a paz, você terá primeiro que ter a esperança de que ela é possível. [Pág. 291] 


A série Underland Chronicles tem 5 livros publicados nos EUA e 3 no Brasil. O 4º livro chamado Gregor, e as Marcas Secretas tem previsão de lançamento para agosto na Bienal de São Paulo.

Gregor the Overlander (2003) - Gregor, O Guerreiro da Superfície (2008).
Gregor and the Prophecy of Bane (2004) - Gregor e a Segunda Profecia (2010).
Gregor and the Curse of the Warmbloods (2005) - Gregor e a Profecia de Sangue (2011). 
Gregor and the Marks of Secret (2006) - Gregor e as Marcas Secretas (Agosto de 2012).
Gregor and the Code of Claw (2007) - Ainda sem título e data de lançamento no Brasil.


Quotes extras que merecem ser mencionados:
- Não me ofereça uma escolha quando você sabe que não há nenhuma. [Pág. 206]
- A lição mais difícil de ser aprendida por um soldado é obedecer às ordens que ele acredita serem erradas. [Pág. 197]
- A maioria dos ratos lê. Nossa frustração é que não podemos segurar uma caneta para escrever. [Pág. 211]
- Os ratos amam?
- Ah sim. Nós amamos muito a nós mesmos. [Pág. 213]


Beijos, Andresa.

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