Resenha: Firelight - o inimigo está próximo - Sophie Jordan

Título: Firelight - o inimigo está próximo
Autor: Sophie Jordan
Editora: Agir
ISBN: 9788522011957
Ano: 2011
 Páginas: 291


 A jovem Jacinda é especial. Além de pertencer a uma espécie descendente de dragões cuja maior habilidade é poder alternar entre a forma humana e a animal - os draki -, ela é uma das únicas de seu clã que consegue cuspir fogo. Quando uma atitude rebelde ameaça a existência dos outros membros de sua comunidade, ela e sua família têm que fugir e viver disfarçadas entre os humanos. Na nova escola, Jacinda precisará esconder seu segredo de todos e aprender a controlar seu espírito draki, que teima em se manifestar logo na presença do belo e charmoso Will, um caçador de dragões. Os dois se apaixonam e irão fazer de tudo para que os muitos segredos e diferenças que os separam não os impeçam de viver esse amor.


A primeira coisa que pensei quando vi Firelight - O inimigo está próximo foi: WOW! Que capa LINDA! Preciso dele na minha estante! O bookaholic que nunca comprou um livro pela capa que atire a primeira pedra! Mas apesar da capa ser maravilhosa, fiquei com um pé atrás em relação a esse livro e o principal motivo foi ter lido algumas resenhas divergentes, algumas  positivas e outras negativas. Resolvi pagar pra ver, e confesso que Firelight foi uma agradável surpresa, gostei bastante do livro! :D

Jacinda tem 16 anos e é um draki, uma descendente de dragões que tem como  principal defesa conseguir transformar-se em humano para passar despercebida.  Ela não é apenas mais um draki, ela é especial, é uma cuspidora de fogo, a primeira após gerações e gerações em sua tribo, e por este motivo está prometida a Cassian, o filho do chefe da tribo, para que juntos possam reproduzir vários cuspidores de fogo bebês.
Os drakis possuem habilidades especiais, conseguem localizar pedras preciosas, o sangue roxo consegue curar os humano e a pele dura como couro é bastante apreciada pelos enkros, tornando os drakis presas preciosas para os caçadores.
Após uma aventura inconsequente de Jacinda, a mãe é obrigada a fugir com ela e Tamra, sua irmã gêmea que nunca se trasnsformou. Juntas elas vão recomeçar suas vidas em um lugar desértico, onde finalmente Tamra conseguirá levar uma vida normal, e onde o draki de Jacinda aos poucos irá morrer, porém ela se apaixona por Will, nada mais nada menos do que um habilidoso caçador que consegue manter mais vivo do que nunco o seu draki!

O livro é narrado em primeira pessoa, pela Jacinda, e começa  na aventura que irá mudar sua vida, pois para proteger a filha das possíveis conseqüências por ter desobedecido a lei número 1 dos drakis, voar apenas na escuridão, a mãe de Jacinda foge com ela e Tamra, a irmã gêmea de Jacinda.

A mãe de Jacinda já havia matado há muito tempo o draki que existia em si, e Tamra nunca havia se trasnformado, por isso era dezprezada pela tribo, que a considerava uma aberração. Portanto, uma nova vida era tudo o que a mãe de Jacinda e Tamra queriam, pois finalmente poderiam levar uma vida normal. Porém, Jacinda tinha orgulho do seu draki, de ser draki, sentia necessidade de voar, de sentir o ar nas suas asas e matar o draki que existia dentro de si era como matar uma parte essencial no seu ser. Apesar de entender os motivos da mãe dela, achei que ela teve uma atitude bastante egoísta e que causou muito sofrimento a Jacinda.

Para Tamra, ter abandonado a tribo e finalmente poder levar uma vida normal foi algo que ela sempre sonhou. Ela tem uma certa mágoa da irmã por sempre ter sido o centro das atenções e faz coisas realmente horríveis com Jacinda por causa disso! Senti muita raiva de Tamra! Acho que nunca havia sentido tanta raiva de um personagem, pois ela fazia suas maldades e depois dizia para Jacinda que a amava! (?)

Jacinda passa grande parte do livro lutando contra os próprios sentimentos para poder dar uma segunda chance para a família. Porém, dar uma segunda chance a família significava que ela precisava matar o draki que havia em si. Ela passa uma grande parte do livro com esse conflito interno, pois apesar de querer dar uma segunda chance à família, ela não quer renunciar ao seu draki, ao que ela é.

O livro me prendeu bastante no início, pois já começa com a ação acontecendo. Porém, quando a mãe de Jacinda foge com as filhas, o livro perde um pouco o ritmo. Jacinda foi um personagem com quem me identifiquei bastante, ela tem opinião própria, bem naquele estilo "rebelde sem causa", tem um bom coração, mas às vezes me irritou bastante com as suas indecisões. Porém, não podemos esquecer que ela tem apenas 16 anos, e como toda adolescente tem suas dúvidas e medos, não é? :)

O romance entre ela e Will apesar de fofo, acontece de forma muito rápida e demasiado intensa, tirando um pouco da veracidade da estória. Senti muito a sensação de já ter lido o livro antes, e acredito que quem já leu Crepúsculo também vai sentir o mesmo, pois a fórmula é a mesma: garota especial se apaixona pelo garoto comum, mas que é seu inimigo mortal. Mas quem é que pode negar que essa velha fórmula não deu certo?

Apesar de alguns pontos negativos, eu gostei bastante do livro. Adorei a narrativa cativante da Sophie e a mitologia dos dragões. Apesar de ter achado o desenrolar da história um pouco arrastado, o final realmente foi eletrizante, de tirar o fôlego! Foi um final que me surpreendeu bastante e confesso, pelo quel eu torci! Sou totalmente #TeamCassian!

Dragões, romances avassaladores, amores impossíveis... isso tudo e muito mais você encontra em Firelight! :D

Beijinhos :**

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