Resenha: Príncipe Mecânico de Cassandra Clare


Título: Príncipe Mecânico (As Peças Infernais #2)
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Ano: 2013
Páginas: 406
Compare Preços

Sinopse: Tessa Gray não está sonhando. Nada do que aconteceu desde que saiu de Nova York para Londres — ser sequestrada pelas Irmãs Sombrias, perseguida por um exército mecânico, ser traída pelo próprio irmão e se apaixonar pela pessoa errada — foi fruto de sua imaginação. Mas talvez Tessa Gray, como ela mesma se reconhece, nem sequer exista. O Magistrado garante que ela não passa de uma invenção. Para entender o próprio passado e ter alguma chance de projetar seu futuro, primeiro Tessa precisa entender quem criou Axel Mortmain, também conhecido como Príncipe Mecânico.


[...] Foram os livros que fizeram com que eu sentisse que não estava completamente sozinho. Eles podiam ser sinceros comigo e eu com eles. [Pág. 373]

Resenha sem spoiler! 

Depois aos acontecimentos surpreendentes em Anjo Mecânico a direção do Instituto de Caçadores de Sombras de Londres está por um fio de perder seus diretores, Charlotte e Henry. Wayland, o Cônsul da Enclave, os deu um prazo de duas semanas para que encontrassem alguma pista de Mortmainou então Benedict Lightwood poderá se candidatar contra Charlotte para tomar conta do instituto. Enquanto isso, Tessa, Jem e Will estão ajudando a procurar pistas que possam levar a Mortmain.

O objetivo central do livro é manter Charlotte e Henry no comando do Instituto e encontrar o Magistrado, que está criando um exército de criaturas mecânicas e precisa de Tessa para colocar seu plano em prática. Vamos aos poucos, junto com os personagens, descobrindo novas pistas, segredos, etc.

Enquanto isso Tessa continua tentando descobrir “o que” ela é, afinal ela tem o poder de se transformar em outras pessoas, mas não tem a marca que os feiticeiros têm e nem é caçadora de sombras e o que o Magistrado quer com ela.

Finalmente descobrimos porque Will age como um babaca com todos e é interessante ver sua luta contra o que sente por Tessa. Ele finalmente admite pra si mesmo que a ama e ao mesmo tempo em que quer se aproximar, sofre sabendo que não pode.
[...] Will era lindo, mas não era dela; não era de ninguém. Havia algo quebrado nele, e por aquela rachadura escorria uma crueldade ceda, uma necessidade de machucar e se afastar. [Pág. 16] 
O triângulo amoroso continua, e Will que se afastava de todas as formas no 1º livro, começa aos poucos a querer se aproximar de Tessa, mas depois do ocorrido em Anjo Mecânico, ela não confia mais nele e acaba se aproximando cada vez mais de Jem. Ao mesmo tempo é triste e fofo ver Jem todo apaixonado por Tessa, que não consegue enxergar o que ele sente por ela e acredita que só a veja como amiga, mas fica claro o quanto ele gosta dela. E parece que aos poucos, mesmo sempre pensando em Will, ela começa a se render aos encantos de Jem.
[...] Detestava que Will causasse esse efeito nela. Detestava. [...] E mesmo assim, um simples olhar dele a fazia tremer numa mistura de ódio e desejo. Era como um veneno na corrente sanguínea, para qual o único antidoto era Jem. Só com ele sentia que pisava em terreno sólido. [Pág. 36] 
Eu costumo odiar triângulos amorosos, mas esse é um que eu adoroooo. Costumo detestar a pessoa que fica na dúvida entre dois amores, mas no caso de Tessa foi algo tão real que eu achei muito sincero. Cassandra Clare soube muito bem como fazer funcionar.

O problema é que, quando temos um triângulo tão adorável, você sabe que alguém sairá ferido, inclusive o próprio leitor, porque mesmo gostando mais de um casal, você fica triste pelo outro que saiu sofrendo. É exatamente assim que fiquei nesse livro, e acredito que também ficarei no próximo. Se preparem para sofrer com o triângulo!!!!!   

Meu personagem preferido desde o primeiro livro é o Jem, então fico muito chateada com o problema que a autora deu a ele e que descobrimos em Anjo Mecânico. Estou com medo do final que a autora criou pra ele, mas gostei muito de como ela o tratou nesse livro.

A narração é feita sobre a visão de Tessa, mas em alguns momentos temos a visão de outras pessoas como Will, Magnus Bane, Sophie. A história não tem muita ação, mas fui gostando mesmo assim. Vários segredos foram revelados, surpresas aconteceram, traições, romance e muito mais.

Jessamine continua a mesma chata e inútilde sempre, sua personagem só serve pra irritar. Henry me estressou até certa parte do livro com seu jeito distraído de ser, mas quando se aproximou do final passei a vê-lo com outros olhos. Gabriel e Gideon Lightwood, filhos de Benedict, também aparecem de forma razoável no livro. Gabriel já conhecemos do primeiro livro, ele fará tudo que o pai disser e Gideon aparece pela primeira vez parece ser bem diferente do irmão.  

Uma das coisas que mais gostei foi ver a ligação parabatai entre Will e Jem, que é linda. Como se fossem mais do que irmãos, um amor muito forte entre eles, não no sentido romântico óbvio, mas superior a isso.

O livro me surpreendeu de maneira muito positiva, porque eu não havia gostado muito de Anjo Mecânico, e Príncipe se tornou favorito! Leiam! Super recomendado! 

PS: Para ver a resenha tripla de Anjo Mecânico, clique aqui

 




Nenhum comentário:

Postar um comentário