Resenha: Enders de Lissa Price


Título: Enders (Starters #2)
Autora: Lissa Price
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581633602
Ano: 2014
Páginas: 285
Sinopse: Com o banco de corpos da Prime Destinations destruído, Callie já não pode alugar-se para os assustadores Enders. Mas os Enders ainda podem entrar em sua mente e obrigá-la a fazer coisas que não quer. Como machucar alguém que ama. Somente remover o chip salvaria a vida de Callie — mas isso também silenciaria a voz em sua cabeça que pode pertencer a seu pai. Callie tem lampejos de de memória de sua ex-locatária em sua cabeça, também… e Old Man retornou, causando medo. Quem é real e quem está se mascarando em um corpo adolescente?

Enders continua onde Starters terminou. Como é o segundo livro e tem muita gente que ainda não leu o primeiro, vou tentar falar o menos possível sobre a trama do livro.
“Senti como se meu estômago estivesse se retorcendo em um nó. Eu realmente detestava esse chip – essa coisa – na minha cabeça. Não ia deixar um Ender sinistro me controlar pelo resto da vida.” 
Em Enders o foco são os personagens chamados de ‘Metais’, que são todos aqueles que possuem o chip implantado pela Prime Destinations. Todos estão em perigo e serão alvo de perseguição... e os planos que o vilão tem para eles não são nada legais (grande novidade né, só que não)! Callie terá que além de salvar a si mesma, ajudar a todos os outros que são como ela. Mas ela será o principal alvo a ser caçado por ser a única com um chip alterado que dá a ela uma habilidade que pode ser muito valiosa nas mãos erradas.

Somos apresentados a um novo e importante personagem: Hayden. Não vou falar sobre ele, pois seria inevitável dar spoiler. Mas posso dizer que, pelo menos pra mim, ele foi um personagem misterioso, do tipo que não sabemos se podemos ou não confiar. Outros personagens que aparecem em Starters voltam, mas sem muito destaque.
“Eles não respondiam a nenhuma pergunta que eu fazia. Para eles, eu era apenas um rato de laboratório.” 
A narração continua pelo ponto de vista de Callie, que ainda tem atitudes que me desagradam, mas que me irritou bem menos que no primeiro livro. Ainda não entendi onde a autora quis chegar com alguns elementos ‘românticos’ (se é que posso chamar assim), mas no sentido de com quem Callie deve se relacionar. De início eu achei que haveria o casal Callie/Michael, depois Blake entra na história e a autora também trouxe um interesse feminino para Michael e agora em Enders aparece o misterioso Hayden... fiquei confusa se a autora quer ou não envolver os personagens em situações românticas. Depois de algumas revelações essa parte fica um pouco mais clara, mas ainda assim não sei qual foi a intenção da autora.  

Em relação à diagramação a editora seguiu o padrão de formatação e fonte do livro anterior. Só que o padrão da capa mudou um pouco, não na imagem, mas a capa anterior continha vários elementos em alto-relevo, enquanto em Enders só o título está assim. Além disso, dentro da capa de Starters tinham desenhos muitos interessantes de circuitos e chips e em Enders é branco, sem nada. Queria que tivessem seguido o mesmo padrão do anterior.

Enders começou bemmmm lento pra mim, sem muita ação ou novidades e só começou a melhorar depois de umas 200 páginas (o livro tem 283 páginas). Foi aí que as coisas começaram a acontecer e a leitura melhorou. Mas ainda assim o livro ainda não havia me conquistado. As últimas páginas contêm algumas revelações, reviravoltas e novidades.

Um detalhe que eu descobri mudou toda a minha visão/perspectiva do livro. Após ler e fazer a resenha, conversando com uma blogueira no Twitter, descobri que Starters é uma DUOLOGIA (a não ser que dê a louca e a autora resolva escrever mais, porque há contos curtos, que aliás foram disponibilizados gratuitamente pela Novo Conceito) e não trilogia como eu imaginava. E isso me deixou chateada porque sendo assim, acredito que a história acabou mal, sem um final decente e sem algumas explicações que eu quero desde o primeiro livro. Fora que algumas coisas foram corridas no final e resolvidas de uma hora para outra.

Não há elemento distópico nos livros e o que me fez ler essa ‘série’ foi exatamente o fato de ser dito como distópico, coisa que pra mim ele não é. Muita coisa não fez sentido e eu só percebi isso após conversar com alguém que estava lendo. Infelizmente não gostei muito do encerramento da duologia =(  

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