Resenha: Stolen (Raptada): carta ao meu sequestrador - Lucy Christopher


Título: Stolen (Raptada): Carta ao meu sequestrador
Autor(a): Lucy Christopher
Editora: ID
ISBN: 9788516077808
Ano: 2012
Páginas: 368
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Gemma é uma adolescente normal esperando para pegar um voo no aeroporto de Bangkok com seus pais. Ao se afastar, conhece o charmoso e envolvente Ty, e nem imagina quais são suas reais intenções... Ele lhe oferece um café em que coloca algum tipo de droga. Confusa, ela é sequestrada e arrastada para o meio do deserto australiano. Ele a rouba para si, depois de anos a observando, e ainda espera que ela o ame. Os dias se passam e eles têm apenas um ao outro na imensidão vazia e escaldante do deserto, e Gemma começa a entender e conhecer Ty. É aí que os limites entre inimizade e compaixão vão ficando cada vez mais tênues...


Stolen é o maravilhoso romance de estréia da autora Lucy Christopher, publicado pelo Brasil pela Editora ID,  e que trata de assuntos como sequestro, cárcere privado e a Síndrome de Estocolmo.

Síndrome de Estocolmo: As vítimas começam por identificar-se emocionalmente com os sequestradores, a princípio como mecanismo de defesa, por medo de retaliação e/ou violência. Pequenos gestos gentis por parte dos captores são frequentemente amplificados porque, do ponto de vista do refém é muito difícil, senão impossível, ter uma visão clara da realidade nessas circunstâncias e conseguir mensurar o perigo real. As tentativas de libertação, são, por esse motivo, vistas como uma ameaça, porque o refém pode correr o risco de ser magoado.

Gemma está no aeroporto de Bangkok, com os pais, quando após discutir com a mãe por causa do top que estava usado, vai comprar um café. Acontece que ela se dá conta de que esqueceu o dinheiro, e de repente um lindo desconhecido se oferece para pagar. Ty, o lindo desconhecido¨, coloca uma droga na bebida de Gemma e a leva para o deserto australiano, longe de toda e qualquer civiização.

Ty sequestrou Gemma por querer a sua companhia e por acreditar que os pais dela, que são  bastante ocupados por causa do trabalho, não davam a atenção que ela merecia, e essa foi a maneira que ele encontrou para salvá-la

O livro é uma verdadeira montanha-russa de sentimentos, onde ódio e amor se confudem, se colidem. Ao mesmo tempo em que Gemma odeia Ty pelo que ele fez, ela começa a se afeiçoar a ele, a se preocupar om ele. Ao mesmo tempo em que ela se preocupa com ele, ela deseja poder se libertar. Durante todo a narrativa esses sentimentos ambíguos estao presentes.
Confesso que logo no início eu, assim como Gemma, odiei Ty pelo que ele tinha feito e pelas suas motivações egoístas. Porém, no desenvolvimento da história, o sequestrador vai sendo humanizado, apesar de sempre pairar no ar a dúvida, a incerteza. Ty não é um monstro, mas também está longe de ser um anjinho.

Por ser uma carta, a narrativa é feita em terceira pessoa, onde esta muito presente o termo "você". Isso faz com que o leitor vá aos poucos criando empatia por Ty, e sem perceber, vá desenvolvendo a Síndrome de Estocolmo, assim como Gemma.


Você me viu antes que eu visse você. No aeroporto, naquele dia de agosto, você tinha aquela expressão em seus olhos, como se quisesse alguma coisa de mim, como se a quisesse há muito tempo.


Gemma e Ty são personagens bem construídos e que seguram com maestria o enredo. Em momento algum o livro se tornou chato ou repetitivo.
 Gemma é forte na sua fraqueza, é persistente e um personagem que eu gostei muito. Ty é uma incognita, apesar de ser o vilão ele também é mocinho.

A escrita da autora é encantadora e te prende de uma maneira inexplicável. Apesar de abordar temas pesados, a leitura flui muito fácil.
Leitura mais do que recomendada! :)


Beijinhos.


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