Resenha Tripla: Anjo Mecânico de Cassandra Clare



Título: Anjo Mecânico (As Peças Infernais #1)
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
ISBN: 9789896571399
Ano: 2012
Páginas: 392

Sinopse: Anjo mecânico apresenta o mundo que deu origem à série Os Instrumentos Mortais, sucesso de Cassandra Claire. Nesse primeiro volume, que se passa na Londres vitoriana, a protagonista Tessa Gray conhece o mundo dos Caçadores de Sombras quando precisa se mudar de Nova York para a Inglaterra depois da morte da tia. Quando chega para encontrar o irmão Nathaniel, seu único parente vivo, ela descobrirá que é dona de um poder que capaz de despertar uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das forças do submundo.


Érica

Essa série se passa aproximadamente uns 150 anos antes de Os Instrumentos Mortais.

Tessa é uma jovem que veio dos EUA morar com seu irmão depois da morte da tia. Lá ela é sequestrada e descobre ter o poder de se tranformar em qualquer pessoa desde que tenha algum objeto dela (lembram da Mystica de X-Men, é por aí...). É um choque quando descobre que não é inteiramente humana, mas então o que ela seria?

Will Herondale (Quem já leu Cidade de Vidro sabe o quão GRANDE é o significado desse sobrenome e começa a surtar muito) é um jovem caçador das sombras (imaginem um Jace do século XIX com aquelas roupas de época e sotaque britânico... *suspira*). 

- Há algo de sombrio nele - disse Sophie. - Alguma coisa negra e sombria que ele esconde. Will tem uma espécie de segredo, do tipo que corrói por dentro. [Página 246]
E Jem é o melhor amigo/parabatai de Will. Gostei bastante do contraste de personalidades entre Will e Jem. Will enérgico, impulsivo, Jem calmo e com saúde frágil. Os dois tem em comum um passado difícil e vontade de lutar acima de tudo. Tessa aparece para agitar a relação dos dois. Ela é bem forte e consegue adivinhar mais sobre eles do que outras pessoas.
- Seja como for fisicamente - disse ele -, homem ou mulher, forte ou fraco, doente ou saudável, tudo importa menos do que o que há pendentemente da cor, da forma, do tom que a envolve, a chama do lampião permanece a mesma. Você é essa chama. - ele então sorriu, parecendo ter voltado a si, ligeiramente envergonhado. - É nisso que eu acredito. [Jem - Página 235]
No geral, gostei bastante da história mas não senti um clima muito grande entre Will, Tessa ou Jem. Talvez por ser um outro século as coisas eram mais discretas, eu meio que esperava mais.

Jessamine eu considerei uma peça de decoração. Chata, mimada e que não teve muita utilidade até agora.
No começo do livro adorei algumas "falas sábias" de Tia Harriet. Tiveram outros personagens que reconheci como antepasados de personagens atuais de Instrumentos Mortais e isso me deu uma ideia do que esperar deles no futuro.

Em Anjo Mecânico só aparecem 2 personagens de Instrumentos Mortais: Magnus Bane e Camille (que só aparece no livro 4 da série, Cidade dos Anjos Caídos ainda não lançado no Brasil). Foi muito bom ver como os personagens eram no passado e como estão agora no tempo atual.

Algumas pessoas considereram Anjo Mecânico melhor que Cidade dos Ossos. Eu não concordo. É verdade que ele tem uma escrita mais ágil talvez uma vez que a autora já estava mais familiarizada com o universo que criou, mas
minha empolgação com o arco apresentado aqui não foi muita. Acho que melhora nos próximos livros. Will é bom mas não me conquistou ainda (como o Jace).

Sobre a capa, fiquei feliz de terem mantido a original mas "mecânico" escrito em letra minúscula estragou o estilo da capa. E tem os tais brilhos duvidosos que eu não gosto (e que a cada livro brilham mais, parece que o Magnus colocou o feitiço da purpurina neles #Tenso).

Recomendo ler primeiro a série Os Instrumentos Mortais antes de Anjo Mecânico. A leitura flui mais rápido uma vez que você já conhece todo o universo em que se passa a série em detalhes. Em Anjo Mecânico a autora não perdeu muito tempo situando o leitor nisso (afinal nem precisava para quem já leu os anteriores e fomos poupados de enchimento de linguiça). E claro, quem já leu já leu Cidadade dos Ossos, Cidade das Cinzas e Cidade de Vidro não tem dificuldade de entender MUITAS coisas importantes. Um exemplo disso são os Acordos que ainda eram recentes em 1878. Vários anos de rivalidade não somem por um simples papel e temos uma dimensão de como os acontecimentos em Cidade de Vidro foram importantes.
Espero ansiosa o próximo volume da série Clockwork Prince, e ainda mais City of Last Souls!


Andresa
 

Tessa Gray é uma jovem de 16 anos que perdeu os pais quando nova e vive com a tia Harriet. Quando a tia morre, Tessa recebe uma carta de seu irmão para que vá de encontro com ele na Inglaterra, mas ao chegar lá se depara com pessoas que a deixam prisioneira com a premissa de que estão com seu irmão Nate e se não obedecer ele morre. As irmãs sombrias, como eram chamadas as feiticeiras que a prenderam, a obrigam a “testar” seus poderes e começam a treinar Tessa a usá-los. Ela nunca soube da existência desses poderes nem dos habitantes do Submundo. Tessa descobre que o objetivo desse treinamento é deixá-la preparada para ser entregue a alguém chamado de Magistrado.

Certo dia Will Herondale aparece para salvar Tessa, sem nem mesmo saber da existência da menina e assim ela vai parar no Instituto de Londres dos Nephilim. Lá passa a saber mais sobre a existência dos Caçadores de Sombras e dos que lá vivem. Charlotte é quem comanda o local com seu marido Henry, um cara desastrado que adora fazer experimentos e constrói algumas das armas dos Nephilim.

Uma guerra é declarada pelo magistrado contra os Caçadores de Sombras por causa de Tessa e um novo exército de autômatos está se formando para destruir os Nephilim. Os autômatos são como robôs construídos com peças mecânicas, mas que no livro se tornam uma arma muito poderosa contra todos a quem são comandados a destruir.  
- Está morta - disse Jem.
- Tem certeza? - Will não conseguia tirar os olhos do rosto da mulher. [...]- Bem, não está respondendo aos meus assédios, então deve estar morta.
- Ou é uma mulher de bom-gosto e bom-senso. Jem se ajoelhou e olhou para o rosto dela. [Pág 113] 
Will é o típico metido a bad boy gostosão, sarcástico, usa uma máscara para não demonstrar o que sente e constrói um muro em volta de si mesmo para não permitir que as pessoas se aproximem dele. De certa forma ele me lembrou o Jace (da série Os Instrumentos Mortais) talvez por ser seu ancestral, só que um pouco diferente de Jace, ele é cruel com as pessoas que mais se importam com ele e as magoa constantemente. James Carstairs (Jem *-* suspira) é o contrário de Will, calmo, gentil, mas esconde um terrível segredo sobre sua frágil aparência. Os dois são melhores amigos e consideram um ao outro como irmãos. Tessa às vezes pareceu ingênua e outras não, ela é forte e não tão bobinha como parece de vez em quando. Achei os personagens bem maduros, tirando uma coisa ou outra.
- Há algo sombrio nele - disse Sophie. - Alguma coisa negra e sombria que ele esconde. Will tem alguma espécie de segredo, do tipo que corrói por dentro. Pode anotar o que estou dizendo. [Pág. 246]
De repente ouviu a voz de sua tia Harriet na cabeça: Quando encontrar um homem com quem queria se casar, Tessa, lembre-se disto: saberá que tipo de homem ele é não pelas coisas que diz, mas pelas quis faz. [Pág. 35] 
Charlotte apesar de bem jovem é como uma mãe para eles, tem um bom coração e está a frente do Instituto. Henry é o cara que todos veem como desastrado e todas as suas invenções como fracassadas por nunca darem certo. Adorei a maioria dos personagens com exceção de Jessamine e Nate. Jessamine pra mim foi uma personagem bem inútil, mimada, que não faz nada pra ajudar ninguém e só sabia reclamar. E o Nate eu simplesmente não fui com a cara desde que ele apareceu na história. Shopie, Thomas e Agatha que também moram no Instituto, mas não são Caçadores de Sombras me conquistaram apesar de apenas um deles ter um pouco mais destaque que os outros dois, mas que possuem papel importante na trama.
  
A leitura não foi tão rápida e não me empolgou muito no começo, demorei um pouco para pegar no tranco, mas depois eu já não queria largar o livro até chegar o fim. Eu tinha bastante expectativa com o livro e ainda não consigo comparar as duas séries da Cassandra porque já li os outros livros tem tempo e não me recordo de tudo para fazer uma comparação boa, mas acho que por enquanto Instrumentos Mortais ganhou com um pouco de vantagem.

Não estou acostumada a ler livros que se passem no passado e às vezes foi um pouco difícil de imaginar certas coisas e outras horas eu simplesmente esquecia que a história se passava em 1878, mas logo depois algo me trazia de volta aquele mundo. O que gostei foi de ver alguns sobrenomes já conhecidos da outra série como, Herondele, Lightwood, Wayland e isso me fez querer reler os livros da série porque afinal, esses são os ancestrais dos personagens que passei adorar em Os Instrumentos Mortais. E como se não bastasse, Magnus Bane o feiticeiro que tem grande destaque na série Os Instrumentos Mortais aparece também em Anjo Mecânico.
- Seja como você for fisicamente - disse ele -, homem ou mulher, forte ou fraco, doente ou saudável, tudo isso importa menos do que o que há em seu coração. Se tiver a alma de um guerreiro, você é um guerreiro. Independentemente da cor, da forma, do tom que a envolve, a chama do lampião permanece a mesma. [Pág. 235] 
Sempre nesse tipo de leitura em que há a possibilidade de um triângulo amoroso existir um Team. Então após a leitura do livro 1 sou #TeamJem porque ele é o tipo de cara que seria um ótimo namorado, parceiro e amigo. Will (que é gato com seus cabelos negros e olhos azuis) é o tipo de cara que partirá seu coração em milhões de pedacinhos, pois mesmo te amando fará de tudo para que acredite que não sente nada e ainda tem algo bem sombrio nele que ainda não foi revelado nesse livro. Gostei muito dos 2, mas meu coração é de Jem Carstairs <3
- É só que... Mestre Will. - As palavras de Sophie saíram em um impulso. - Ele não é alguém de quem deva gostar, srta. Tessa. Não desse jeito. Não deve confiar nem contar com ele. Ele... não é como você pensa.  [...]
- Está querendo me dizer que eu não devo oferecer meu coração a um menino que nunca vai gostar de mim...
- Não! - disse Sophie. - Há coisas piores do que isso. Não tem problema amar alguém que não a ame, contanto que seja digno do seu amor. Contanto que mereça. [Pág 245]
A parte final do livro é de tirar o fôlego e eu devo dizer que eu previ aquele final que foi uma reviravolta, e pra mim foi ficando meio óbvio em certas partes do livro que tal coisa iria acontecer...
Sempre se deve ter cuidado com livros - disse Tessa -, e com o que está dentro deles, pois as palavras têm o poder de nos transformar. [Pág. 79] 
Gostei muito de continuarem com a capa original, só achei um pouco estranho o mecânico de a capa estar em letra minúscula. Ela segue o mesmo padrão com brilho e a diagramação é bem parecida com a série Os Instrumentos Mortais, mas nesse livro cada capítulo começa com uma poesia/trecho de um livro que foi lido por Tessa que é bookaholic como nós rs (vários clássicos são citados durante a leitura e eu fiquei meio perdida porque não li nenhum pois não curto o gênero). Quem gostou do mundo criado por Cassandra não pode deixar de ler essa série e quem ainda não leu os outros acho que é ainda melhor ler essa série primeiro por se passar primeiro. Recomendo.

Renata
Quem me conhece sabe que Instrumentos Mortais é uma das minhas séries favoritas. Cassandra Clare conseguiu me deixar completamente rendida e apaixonada pelo mundo e pelos personagens maravilhosos que criou. Já estava me sentindo órfã do universo fantástico dos Caçadores de Sombras quando soube que ela tinha escrito uma nova trilogia, no mesmo mundo de Instrumentos Mortais, porém em uma época completamente diferente. Confesso para vocês que eu estava bastante ansiosa por Anjo Mecânico, primeiro livro da série As Peças Infernais, e com grandes expectativas, só não esperava contar com a astúcia sem tamanho de Cassandra, que conseguiu mais uma vez me surpreender!

Anjo Mecânico é um livro ma-ra-vi-lho-so! Incrivelmente bem escrito e amarrado, com personagens extremamente cativantes, e uma trama de tirar o fôlego! É daqueles livros que quando a gente começa a ler, não consegue mais parar, tamanha a curiosidade em saber o que vai acontecer a cada novo capítulo. Estou completamente apaixonada por este livro e por esta nova série, gente! É muuuuuito amor!! #fangirl! :D

Os personagens são muito bem construidos. Me identifiquei tanto com a Tessa e a sua paixão por livros, que ela entrou para a minha seleta lista de personagens favoritos! Will é uma graça e Jem fofura pura! Vai ser um triângulo amoroso bem difícil, de cortar o coração... eu não sei nem para quem torcer, pois apesar dos dois personagens serem completamente diferentes, estou rendida ao encanto de ambos! :_)

A história se passa na Londres vitoriana do Séc XIX, e tem ação, um mistério muito instigante, romance,  e uma pitada de steampunk. Ou seja, tem tudo para agradar os leitores mais exigentes. 

Quem já leu a série Instrumentos Mortais e se rendeu aos encantos de Jace e do mundo dos Caçadores de Sombras, com certeza irá amar Anjo Mecânico. Aos que leram e não gostaram tanto assim, vale a pena dar uma chance. Cassandra esta cada dia mais inspirada e nos presenteando com histórias extremamente cativantes e
maravilhosas!

Galera, quando é que sai Clockwork Prince, hein? Renata é o meu nome, ansiedade o sobrenome! :D

Jem então pareceu olhar através dela, como se enxergasse alguma coisa além do corpo à sua frente, além do corredor, além do próprio Instituto.
- Seja como você for fisicamente - disse ele. -, homem ou mulher, forte ou fraco, doente ou saudável, tudo isso importa menos do que o que há em seu coração. Se tiver a alma de um guerreiro, você é um guerreiro. Independentemente da cor, da forma, do tom que a envolve, a chama do lampião permanece a mesma. Você é a chama. - Ele então sorriu, parecendo ter voltado a si, ligeiramente envergonhado. - É nisso que eu acredito.


Leiam, leiam, leiam!


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