[Sessão Pipoca] Housebound


Ficha Técnica:
Título Nacional: Não tem
Título Original: Housebound
Ano: 2014
Diretor: Gerard Johnstone
Elenco principal: Morgana O'Reilly, Rima Te Wiata, Glen-Paul Waru, Ross Harper, Cameron Rhodes, Ryan Lampp


Poucos filmes são capazes de assustar e de te fazer rir na mesma proporção. Muitas das chamadas comédias de horror acabam por ridicularizar toda sua ideia, afinal, nem todos tem o talento e, principalmente, o timing necessários para realizar um filme desse estilo. É preciso muito cuidado para não transformar o longa em uma paródia de mau gosto. Mas acho que Gerard Johnstone já sabe disso.

Kylie (Morgana O'Reilly) é uma rebelde que, após explodir um caixa eletrônico, é sentenciada a 8 meses de prisão domiciliar, cumpridos na casa de sua perturbada mãe, Miriam (Rima Te Wiata). Porém, conforme o tempo passa, Kylie começa a questionar se sua casa é assombrada, após diversos acontecimentos estranhos.

A direção e o roteiro de Johnstone são inteligentes e Housebound lembra o Peter Jackson, também neozelandês, no início de sua carreira com filmes como Fome AnimalBad Taste e Os Espíritos. E isso é algo muito bom.


Morgana O'Reilly, assim como Rima Te Wiata, provou ser uma ótima atriz para comédias, com um timing afiadíssimo. O resto do elenco entrega atuações concretas e caricaturais, que combinam com o tom que o longa dita.

Com uma câmera frenética, marcante nas cenas de ação (que incluem uma luta envolvendo um cesto de roupas e um ralador de queijo!), um final seguro e um humor ácido delicioso, Housebound é um suspiro de originalidade e uma pequena pérola.


Resenha: Amor Sem Limites de Abbi Glines

Título: Amor sem Limites 
Autora: Abbi Glines 
Editora: Arqueiro
Ano: 2014
Gênero: New AdultRomance, Hot
Páginas: 192
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Sinopse: Blaire Wynn conheceu Rush Finlay num momento muito difícil da vida dela, logo depois de perder a mãe e a casa em que morava. Filho de umastro do rock, Rush vivia num mundo de luxo, sexo sem compromisso e total despreocupação com o futuro. Exatamente o oposto de tudo o que Blaire conhecia. Mesmo com tantas diferenças, a paixão entre os dois foi arrebatadora.Porém Rush guardava um segredo de sua família que levou ao fim do namoro – e a um período de tristeza absoluta para o casal. Mas eles já não sabiam viver um sem o outro e cederam de novo àquele sentimento irresistível. Agora Blaire está grávida, eles estão felizes e planejam se casar. Mas nem tudo está garantido. O pai de Rush chega trazendo más notícias e novamente os antigos problemas de família podem fazer com que os dois se afastem. Último volume da trilogia Sem Limites, que já vendeu mais de 5 milhões de exemplares no mundo todo, Amor sem limites é um livro sexy que vai fazer você acreditar que para cada problema há uma solução – e, quando se trata de relacionamento, a cama é sempre um bom local para resolver conflitos.

Ooooie leitores! Como vão as leituras de vocês? Quem está aproveitando as férias para maratonas literárias? Eu continuo "caçando tempo" e lendo em lugares inusitados... Rs...

"O destino faz de tudo para afastá-los. Mas o amor os uniu."

Hoje vou falar de, Amor sem limites, da Sra. Glines (minha diva do clichê favorita!). Amor sem limites é o último volume da trilogia Sem Limites, que compõe a série Rosemary Beach. Ainda tem mais um livro, Rush Too Far, que são os mesmos acontecimentos do primeiro livro, mas sob o ponto de vista do Rush, deixando assim de ser uma trilogia (como todos chamam), e se tornando o que realmente é, uma série. Em resumo, acho que a melhor definição é que, Sem Limites, é uma série, dentro da grande série que é Rosemary Beach. Me estendi, mas expliquei, certo?! :D 

Se você ainda não leu Amor sem limites ou Tentação sem limites, pare por aqui mesmo! Pois até mesmo eu, que me orgulho de resenhar um livro sem soltar nenhum spoiler, acho impossível falar de Amor sem limites (terceiro livro), sem mencionar o que acontece nos dois primeiros livros. Lili, eu já li! Okay, então vamos lá...

"Quando encontrar seu motivo para viver, agarre-o. Nunca o perca de vista. Mesmo que isso signifique abrir mão de outros caminhos." - Rush Finlay

A história...
Em Amor sem limites, o nosso casal protagonista mesmo após todas as diferenças, classe social, família, e suas... digamos, personalidades fortes. Mesmo com tudo isso, o relacionamento dos pombinhos sobreviveu. 

Blaire está grávida e de casamento marcado com o nosso "bad boy rockstar favorito", Rush! 
Todos felizes, em harmonia, muitos planos... E é claro que está tudo muito perfeito pra ser verdade. Isso foi exatamente o que eu pensei quando soube do terceiro livro, me perguntei: "Mais um? O que mais pode acontecer com esses dois? Está tudo tão perfeito!". Mas com uma garota grávida, e um casamento que ainda não aconteceu, tudo pode acontecer, certo?! Enquanto Blaire e Rush estão vivendo o seu contos de fadas, Dean Finlay, o mais famoso baterista do mundo, também conhecido como pai do Rush, aparece com "problemas de família", que na tradução literal do mundinho de Rosemary Beach, chamamos de: Nannette, mais conhecida como Nan.

"Os mesmos olhos prateados que eu enxergava todos os dias no espelho estavam voltados para mim. Fazia um tempo que eu não via meu pai..." 

Nan é a tradução para problemas, e quando achamos que tivemos a nossa cota deles nos dois primeiros livros, Abbi nos mostra como estamos enganados. O fato de Rush sentir-se responsável por Nan, como um grande irmão, um "paizão", (o que sempre me irritou muito, sério, muito exagerado...), complica muito a vida de Blaire nessa fase da história deles. E esse é o pontapé para o desenrolar da história.


Amor sem limites também nos apresenta Harlow, a outra filha do Kiro, vocalista da banda de rock Slacker Demon, e meia irmã de Nan. E um pouco mais de Grant, "irmão de consideração" de Rush. E olhem que coisa boa, tem dois capítulos inteirinhos narrados pelo Grant! Sim! Eu amei ver um pouquinho do mundo sob os olhos dele, desde aí me apaixonei, eu sempre o achei intrigante, (eu sou suspeita e nem posso falar muito, pois já li praticamente todos os livros já lançados da série Rosemary Beach, inglês e os traduzidos...) e tem também um capítulo narrado por Harlow (que garota legal!). Assim, nos apresentando o casal da série Chances. 

O que eu amei...
Eu acredito que a melhor abordagem para a leitura dos livros da Abbi, é não criar grandes expectativas. Não são livros profundos, de grandes reflexões, não. Se você procura isso, passe. Eles são leituras leves, previsíveis, clichês mesmo. Os famosos romances "água com açúcar", e isso é o que eu mais gosto, (são perfeitos para curar ressacas literárias), mas essa série Rosemary Beach, tem algo a mais, "pimenta"! É hot hot (abana pai!). Se você curte um livro com essas características, se joga! A série é perfeita pra você. Independentemente de tudo isso, a Abbi é uma escritora incrível. O texto é envolvente e depois que você inicia a leitura, fica difícil largar.

Blaire, cumprindo o papel de toda boa mocinha, é amiga leal, inteligente, companheira, completamente apaixonada pelo Rush, mas nem por isso é do tipo bobona, ao contrário, nunca levou desaforo de ninguém (nem do Rush), e isso é o que eu mais admiro nela. Salvo o segundo livro, Tentação sem limites, Blaire grávida, (sem controle da "coisa quente" que é o nosso bad boy), perdoa as mancadas do Rush fácil, culpa dos hormônios... Hahaha!
Eu super entendo...

"- Quando ela entrou na minha casa pela primeira vez e eu pus os olhos nela, me senti atraído. Essa parte foi simples. Mas então a conheci. Ela era diferente de todas as outras garotas. Foi muito determinada, quando deveria ter se sentido derrotada. Sua vida tinha sido uma merda, e ela estava lutando para sobreviver. Não era alguém que recuasse ou desistisse. Comecei a admirá-la. Então tive um pouco dela e me perdi. Ela é tudo o que eu quero ser." 

Geeeeente, tem como não amar o Rush?! Que homem fala isso de uma mulher?! Impossível resistir ao tipo bad boy quando se apaixona... :D Amor sem limites, é o "plus "na história de Blaire e Rush (não precisava, mas um pouquinho a mais, não faz mal pra ninguém, rs...).


E como no segundo livro (Tentação sem limites), as narrações dos capítulos são alternadas entre os protagonistas, Blaire e Rush nos contam o encerramento da sua história sob seu ponto de vista, e isso (na minha opinião) é ótimo. Em livros de romance é incrível estar "dentro da cabeça" de ambos. Um livro curto, de leitura fácil e fluída (li em um fim de tarde), boa diagramação, fonte adequada, páginas amarelas, e o melhor, não encontrei nenhum erro de tradução. A Arqueiro caprichou nessa série. Só não curto muito as capas, são tão clichês, MAS que bobagem, é uma história clichê, então está tudo certo. 

"- Que bom que concorda que não precisamos mais esperar. Estou pronto para me perder no meu paraíso de novo.
Parei de caminhar e fiquei na ponta dos pés para beijar o rosto dele.
- Eu amo você, Rush Finlay."

O que me incomodou um pouco...
Bom, de uma maneira geral, o que me incomoda na série toda é o que me faz gostar. Complexo não?! O fato de ser previsível me incomoda. Mas às vezes é tão bom uma leitura previsível, que tudo bem. Rs... Entrando em detalhes da história, o Rush nesse livro tem atitudes tão sem nexo, que a única justificativa, é o enredo, se ele não tivesse tais atitudes, a história não acontecia, não teria fluído. E a Blaire, perdeu um pouquinho da sua personalidade vivaz, talvez tenha sido toda a situação em que se encontrava, então...

Melhor quote...
"Quando você olhou pra mim pela primeira vez
eu me esqueci de respirar
aquele instante marcou meu coração endurecido
eu prometi nunca mais me afastar
E o toque da sua pele
curou algo dentro de mim
que me deixou querendo mais de você
quanto menos eu tinha, mais o desejo crescia
Ah, eu não consegui deixar de cair de amor por você..."

^^ Fallen Too Far, a canção feita por Rush para Blaire. A versão original está disponível no iTunes.

Resenha: A Formatura de Joelle Charbonneau

Título: A Formatura
Série: O Teste #03 
Autora: Joelle Charbonneau
Editora: Única
Gênero: Distopia
Ano: 2014
Páginas: 320
Sinopse: O futuro nunca foi tão incerto e desesperador. Cia Vale jamais imaginaria que as coisas pudessem chegar a esse ponto. Ela tem uma importante missão: liderar as ações para a verdadeira reconstrução do mundo pós-guerra, um caminho sem volta. Agora, ela é a peça-chave para concretizar o plano de pôr fim ao Teste, para o bem das pessoas. Diante de um horizonte cheio de cicatrizes brutais, uma guerra prestes a começar e um governo cruel e corrompido, Cia não tem escolha a não ser se preparar para chegar às últimas consequências – se for preciso. Será que seus colegas a seguirão para a batalha final? O amor de Tomas será forte o suficiente para aceitar e sobreviver à prova mais difícil de suas vidas? Os riscos são maiores do que nunca, e para Cia só resta confiar nos próprios instintos.

Essa resenha NÃO POSSUI SPOILER dos anteriores nem desse volume.
Quando termino, porém, o desenho do centro do circulo ligeiramente oval é inconfundível: dois raios cruzados. Um símbolo de poder. Da eliminação da ignorância. E de uma rebelião que tem de superar probabilidades absurdas para triunfar. Um símbolo que combina meu passado com meu futuro. E chegou a hora de esse futuro começar.

Inicialmente tive medo de ler esse livro, porque todas as trilogias e séries que tenho lido ultimamente tem tido finais medianos ou ruins, não alcançando minhas expectativas. Então era normal me sentir ansiosa, mas também com o pé atrás em relação a esse livro, principalmente pelo fato de ter favoritado os dois anteriores e a trilogia ter se tornado uma das minhas favoritas, apenas com dois livros. Ainda bem que, pra mim, esse livro não sofreu da maldição de tantos que tenho li ultimamente.

As escolhas com que me deparo, agora, são as mais importantes da minha vida.
Estou assustada? Estou. Como a aluna mais nova da universidade, acho difícil acreditar que minhas ações possam mudar o curso da história do meu país. [...] No entanto, não existe outro jeito. As probabilidades são que eu fracasse, mas mesmo assim preciso tentar.

Dessa vez Cia receberá uma tarefa que mudará seu rumo, sua vida. Se ela decidir ir em frente, ela terá que descobrir em quem confiar, porque a tarefa é muito grande e importante para ser feita apenas por ela. Mas confiar em alguém se torna cada dia mais difícil e confiar na pessoa errada pode lhe custar a vida.

[...] Ainda há muita coisa a ser feita antes que tudo termine. Talvez, depois que acabar, as pessoas entendam o que me tornei. Talvez eu também entenda.

O livro tem um tom um pouco mais lento que os anteriores, porque exige um pensamento maior e o planejamento de estratégias dos personagens para a possível batalha final. Mas aos poucos vamos descobrindo segredos, desvendando mistérios, nos surpreendendo e a ação começa. Claro que também tem algumas reviravoltas mais pro fim para nos deixar loucos. Desde o primeiro livro, eu fiquei presa na leitura, não queria largar até chegar ao fim, mas com aquele sentimento de não querer que termine porque é muito bom. Estou triste porque esse é o último e realmente vou sentir falta da Cia, de outros personagens e da própria história. 

A narrativa continua sob o ponto de vista de Cia e isso limita um pouco a história, mas a deixa com um tom maior de suspense por não sabermos o que acontece nos arredores ou o que pensam os outros personagens. A diagramação segue a mesma, mas o que me deixou chateada foi a falta do marcador para ser destacado na capa, como aconteceu nos anteriores. A capa continua linda, dessa vez com um tom roxo e um novo símbolo, que tem seu significado explicado no livro e inclusive no primeiro quote da resenha. 

- Era a coisa certa a fazer pela minha equipe.
- E você sempre faz a coisa certa.
- Não - respondo honestamente. - Fui educada ciente de que é impossível sempre saber o que é certo. O máximo é tentar fazer o que você acha que é certo pra si mesma, e pra quem estiver à sua volta.

Cia continua sendo uma das minhas personagens preferidas entre todas as leituras que fiz até hoje, com sua inteligência, sua sensatez e o fato de analisar os prós e contas antes de fazer alguma coisa importante, ou seja, não fazendo algo sem antes pensar e analisar bem. Além disso, ela não é como outras personagens adolescentes cheias de mimimi e com aquele pensamento em romance. Tem um pouquinho de romance, mas longe do foco do livro. É claro que ela tem seus defeitos também, afinal nem os personagens fictícios são 100% perfeitos. Mas suas qualidades é que ressaltavam nas páginas, então nem dava para perceber defeitos. 

Agora que não tenho nada pra fazer a não ser ficar sentada pensando, as lágrimas começam a cair, e eu deixo, porque pode ser o único momento em que tenho uma chance de extravasar o que vai dentro de mim. Lágrimas amargas por [...]. E acima de tudo, por mim. Pela menina criada para amar e respeitar a vida e que tem sido forçada a matar.

O livro não me decepcionou. Talvez por não ter criado expectativas altas (até mesmo porque é o livro com a nota mais baixa entre os 3 no Goodreads), o livro teve um final suficiente, que poderia ser melhor explorado, mas que não deixou muito a desejar. 

Minha crítica em relação ao livro final é que a narrativa nos limita apenas a visão de Cia e eu queria saber o que estava acontecendo em outros locais, com outros personagens, porque esse é o livro em que se tenta resolver tudo e acabar com o Teste, o que nesse caso envolve lutas, revoltas e ataques em vários cantos e teria sido interessante vê-los acontecendo. Outra coisa que eu gostaria de ver seriam contos entre os livros e um pós-trilogia. Alguns com algumas cenas pela visão de outros personagens e um conto que mostrasse o futuro pra responder umas perguntas que ficam no ar (nada muito relevante, fora que eu quero mais porque ainda não quero me despedir da trilogia rs). 

Minha única decepção é que eu queria dar nota 5 redondinha pro livro, mas tive que tirar um pouquinho por algumas coisas que acontecem. Mas a trilogia é ótima, uma das minhas favoritas e eu não só recomendo como acho que todo mundo que curte o gênero (e quem não curte também) deveria ler!!!  Leiam, leiam, leiam!!!

Quero agradecer a autora por ter proporcionado uma trilogia tão boa num gênero que eu amo e que anda saturado ultimamente. E a Única Editora por ter trazido essa trilogia pra cá, além de ter lançado os 3 livros no mesmo ano! Acho que nunca vi lançamentos tão rápidos. Gostaria muito que a trilogia fosse mais conhecida por aqui e espero que isso aconteça com o tempo. Eu sempre irei indicar os livros para todos que conheço! Amei de verdade! Espero que vocês também curtam tanto quanto eu!

Resenha dos anteriores:
  1. O Teste
  2. Estudo Independente 

[Encerrado] Top Comentarista de Novembro

Olá pessoal! Dezembro chegou e com ele o resultado do Top Comentarista de Novembro.


Ao todo foram 13 postagens válidas e para validar sua participação, você deveria ter comentado em pelo menos 7 dessas postagens. Vamos ver quem foi que cumpriu as regras obrigatórias e levou para casa um livro de sua escolha no valor de até R$ 30,00?

E a ganhadora foi...

 

Parabéns Tais! Preciso que me enviei seus dados em até 3 dias através do formulário de contato do blog. Envie seu nome e endereço completo. Como o prêmio é de sua escolha, peço que envie também uma das opções abaixo:

  1. Envie o nome do livro que deseja e eu pesquiso o preço, sendo que o valor máximo com frete tem que ser R$30,00.
  2. Envie uma lista de até 5 livros que deseja na ordem de preferência e eu pesquiso o preço nessa ordem e o que estiver dentro do valor estipulado eu compro e envio.
  3. Envie o link do livro em alguma loja virtual (Submarino, Saraiva, Fnac, Americanas, Ponto Frio, etc.).

Caso ainda não tenha escolhido o livro desejado, envie apenas seus dados que entro em contato através do e-mail que preencher no formulário e combinamos depois. Inicialmente só preciso de seus dados para confirmar que viu o resultado. Qualquer dúvida é só enviar junto com seus dados.

O prêmio será comprado e envio por mim no prazo de até 30 dias após o envio dos dados!


Resenha: A Arte De Ouvir O Coração de Jan-Philipp Sendker

Título: A Arte De Ouvir O Coração
Autor: Jan-Philipp Sendker
Editora: Companhia das Letras
Selo: Paralela
Gênero: Romance
Ano: 2013
Páginas: 256
Sinopse: O alemão Jan-Philipp Sendker conseguiu um grande feito: com uma história de amor forte e emocionante, mas totalmente diferente das tradicionais, conquistou milhões de leitores por todo o mundo. Só na Alemanha, já são quinhentos mil exemplares vendidos. Este livro conta a história de um bem-sucedido advogado de Nova York que desaparece de repente sem deixar vestígios, o que motiva Julia, sua filha, a ir atrás da única pista que tem - uma carta de amor de seu pai para uma mulher da Birmânia. Mas tudo isso é só uma introdução para a grande história que o leitor, acompanhando Julia, vai conhecer a partir daí. Um velho de Kalaw começa, então, a falar sobre a infância de seu pai, um período difícil para o pequeno Tin Win devido à crença de sua mãe que dizia que o menino havia nascido em um péssimo dia. Quando chega aos 10 anos, e parece já ter passado por muitos momentos ruins, ele fica cego. Mas diferente da forma que geralmente encaramos as coisas, isso não parece o fim do mundo para Tin Win. Não há tristeza ou desespero, mas sim um novo desafio que o leva a desenvolver a arte de identificar uma pessoa pelo som do coração batendo. E é assim que ele conhece o amor de sua vida, Mi Mi. Uma garota que aos poucos vamos descobrindo que também teria motivos de sobra para desistir da vida, mas que simplesmente vive como se ela fosse um grande milagre. A história segue de forma tão impressionante que as deficiências de Tin Win e de Mi Mi se tornam um simples detalhe.

Muito se fala de um sentimento que arrebata e transforma, mas poucas pessoas o conhecem realmente. Poucos amam incondicionalmente, sem esperar nada em troca, se contentando com pouco. Sem ciúmes ou cobranças. Poucos sentem sua face mais pura e intensa. É esse tipo sentimento que transborda das páginas de "A Arte De Ouvir O Coração." Transborda e nos atinge em cheio, jorrando reflexões e divagações com força. Abalando nossas estruturas. E ficamos ali, nos perguntando se já vivemos ou se um dia teremos a sorte de viver a verdadeira essência do que todos conhecemos como amor.

"Claro que não me refiro aos acessos de paixão que nos levam a fazer e dizer coisas das quais nos arrependeremos depois, que nos iludem a pensam que não podemos viver sem determinada pessoa, que nos deixam tremendo de medo só de pensar em perdê-la - um sentimento que nos empobrece ao invés de nos enriquecer, porque desejamos ter o que não podemos, manter o que não podemos."

Ele e a filha tinham uma relação ótima, várias histórias e lembranças doces em comum. Até que ele, um proeminente advogado de Nova York, desaparece sem deixar vestígios. Ela, Julia, fica arrasada e procura pistas. Encontra uma carta do pai endereçada a alguém da Birmânia e ao entrar no avião que a levará a um destino desconhecido, não hesita sequer uma vez. Chegando lá, descobre que seu pai fora uma pessoa que ela jamais conhecera. Conhece uma história de superação, luta e beleza. Conhece dois jovens: Um garoto cego e uma garota deficiente física. E aprende com os dois. Uma história que a transformará para sempre, pelo simples fato de ser tão bela a ponto de parecer irreal, e contar com seu pai como um dos protagonistas, alguém mais incrível que ela poderia imaginar.

"(...) A essência de algo é invisível aos olhos, dizia U May. Aprenda a perceber a essência de algo. Os olhos podem mais prejudicar do que ajudar, nesse aspecto. Eles nos distraem. Adoramos nos deslumbrar."

O título desse livro logo chamou minha atenção, e fiquei ainda mais agradavelmente surpresa ao descobrir, ao longo da história, a relação dele com os acontecimentos, além dos vários sentidos que as palavras podem assumir. Isso sem contar a premissa e o fato de ter personagens que possuem limitações, que inclusive foram muito bem tratadas. A trama principal se passa na Birmânia, um lugar lindo e culturalmente rico. O autor faz descrições de cenários, sabores e principalmente sons de uma forma que só pode ser descrita como sensorial. Proporcionando, assim, uma completa imersão no mundo da história.

"Será que havia, paralelo ao mundo de formas e cores, um outro inteiro de vozes e sons, de barulhos e tons? Um mundo escondido dos sentidos, ao nosso redor, mas, normalmente, inacessíveis a nós? Um mundo talvez ainda mais emocionante e misterioso do que o mundo visível?"

A narração é em terceira pessoa, alternada brilhantemente entre passado e presente, além de ser também compartilhada por três personagens. Impossível não esquecer de todas as outras coisas ao ler. É difícil falar sobre esse livro. É reflexivo, intenso, encantador. As personagens são construídas com maestria e são muitas as lições a serem aprendidas. 

Me faltam as palavras. Talvez emocionante. Arrebatador. Incrível. Ainda não é o suficiente. Talvez eu devesse contar mais do que acontece, mas penso que a experiência completa é melhor. O leitor passa por um espiral de emoções, da alegria a tristeza, da incredulidade a raiva, mas o que fica é a admiração pelo amor. Amor incondicional na sua forma mais verdadeira. Alguns podem considerar o final um tanto quanto previsível, mas acredito que foi perfeito. Essa é uma história inacreditável de um jeito bom, que arrebata e nos torna mais humanos e um pouco menos ignorantes na arte de amar. Esse é daqueles livros que fazem tão bem, trazem tanta leveza, que a história fica impressa pelos bons momentos, pelas reflexões e frases inspiradoras. Ao final das páginas, você não será o mesmo, e talvez aprenda, também, a ver o mundo com seus outros sentidos. E o principal: O que é, realmente, ouvir o coração.

"E deve haver na vida algo como um ponto de virada catastrófico, quando o mundo, da maneira como o conhecemos, deixa de existir. Um momento que nos transforma em uma pessoa diferente de um instante para outro. O momento em que um namorado confessa ter outro alguém e que está partindo. Ou o dia em que enterramos um pai, uma mãe ou o melhor amigo. Ou o momento em que o médico nos dá a notícia de um tumor maligno no cérebro. Ou será que tais momentos são apenas as conclusões dramáticas de processos mais compridos, conclusões que poderíamos ter tirado se tivéssemos prestado atenção aos maus presságios em vez de ignorá-los?
E se esses pontos de virada são reais, temos consciência deles conforme acontecem, ou reconhecemos a descontinuidade muito tarde, quando relembramos os fatos?"

*Descrição da capa: Com o fundo num tom pastel, possui seu título centralizado em vermelho, nome do autor em preto e em volta desse texto, num formato circular, vários insetos enfileirados, de diversas espécies. No círculo mais interno temos algo que me parecem besouros e outros tipos de insetos que não reconheço. No segundo círculo borboletas de várias espécies. O terceiro círculo parece uma repetição do primeiro, mas com as figuras maiores e no último círculo (que é não 100% exibido devido ao corte das imagens), ovos de insetos.

* A descrição da capa é algo que utilizamos no blog para que os visitantes que possuam alguma deficiência visual possam ter uma ideia de como seria a capa, pois os mesmos costumam utilizar uma ferramenta de áudio para ler a resenha.

Taylor Swift Book Tag

Olá galera! Vi essa TAG no blog Murmúrios Pessoais da Gleice Couto e adorei. Afinal, junta duas coisas que amo: Taylor Swift e Livros. Então é claro que decidi fazer. A Tag surgiu em um blog internacional e a Gleice traduziu. Os blogs costumam fazer essas Tags em vídeo, mas eu ainda não tive coragem de gravar um vídeo sequer em todo esse tempo que estou no blog... um dia eu chego lá rs. Portanto, minha Tag será escrita, espero que gostem e participem também \o/


A TAG consiste em relacionar algumas músicas da cantora Taylor Swift com alguns livros que combinam com a temática das canções. Vocês vão entender melhor quando virem como funciona abaixo. 


1. We Are Never Ever Getting Back Together: um livro que você amava muito, mas aí ele piorou e você teve que cortar relações com ele.


Ao invés de um livro, escolhi uma trilogia: Estilhaça-Me. Eu amei o primeiro livro, dei 5 estrelas, mas aí veio o segundo e achei mais ou menos, até aí tudo bem. O problema veio com o 3º que eu abominei e cortei relações com a série e talvez com a autora, porque vai ser difícil ler outra coisa dela no futuro :(  #DecepçãoTotal


2. Red: um livro com uma capa vermelha.


Crash Into You da Katie McGarry. Esse é o terceiro livro da série Pushing The Limits (No Brasil foram lançados os dois primeiros: No Limite da Atração e No Limite da Ousadia). Eu adoro essa capa <3
  

3. The Best Day: um livro que te faça sentir nostálgico.


Onde Deixarei meu Coração de Sarra Manning. Mesmo não tendo gostado do início desse livro eu acabei adorando ele no final. Ele me lembrou da época da adolescência e a protagonista tinha algumas coisas em comum comigo, na maioria das vezes seus defeitos, e talvez por isso não gostei dela de cara rs. Tive momentos de nostalgia lendo.


4. Love Story: um livro que tenha um amor proibido.


Métrica de Colleen Hoover. Eu amo esse livro (não gostei tanto do segundo e ainda não li o terceiro) e nele temos um amor proibido [SPOILER] entre aluna e professor [FIM DO SPOILER].


5. I Knew You Were Trouble: um livro que você não conseguiu evitar de se apaixonar pelo bad boy/vilão.


Não costumo gostar de vilões, então escolhi um bad boy que não resisti: Rafael de As Batidas Perdidas do Coração da Bianca Briones. O Rafa tem aquele jeito bad boy de se vestir, de agir, anda de moto, tem tatuagens e faz várias besteiras ao decorrer do livro, mas não consegui resistir a ele. 


6. Innocent: um livro que alguém estragou o final dele pra você (spoiler).


Essa aqui é onde eu despejo meu ódio pelos malditos que falam spoiler... alguns até falam inocentemente, mas outros fazem de propósito e isso me deixa com muita raiva... mas vamos lá! O livro que eu vi spoiler e até hoje não li por esse motivo é: Allegiant (Convergente, último da trilogia Divergente). Eu acompanho a trilogia desde que foi lançada no exterior, tenho os livros em hardcover e li em inglês, daí quando o último entrou em pré-venda, fui toda animada comprar pra exatamente ver se conseguia evitar pegar algum spoiler, mas daí que a entrega atrasou e o livro só chegou 3 meses depois de lançado no exterior e nesse meio tempo o que acontece? Um $%#@*& solta o spoiler principal no Facebook, sem avisar que era spoiler e eu acidentalmente li. Agora estou com o livro de enfeite na estante, até tentar perder a raiva e criar coragem para ler. 


7. Everything Has Changed: um personagem de um livro que passou por uma grande mudança.


Bea de Onde Deixarei meu Coração. Faz tempo que vi uma mudança tão drástica em umas 100 páginas de leitura. Ela começou irritante, chata e otária, mas dá a volta por cima e se transforma em alguém em busca de sua identidade, que não aceita mais desaforo e que corre atrás do que quer.


8. You Belong With Me: o lançamento mais esperado por você no momento.

Não consegui escolher só um, então lá vai:

Nacionais:
  • O Mar Infinito de Rick Yancey (continuação de A 5ª Onda); 
  • A Morte de Sarai de J.A. Redmerski (fevereiro de 2015 e um dos livros que quero ler já faz tempo);
  • A Retribuição de Mara Dyer (ok, não sei o título nacional, apenas traduzi do original - quero o final dessa trilogia pra ontem!).

Internacionais: 
  • Confess de Colleen Hoover
  • Never Never de Colleen Hoover e Tarryn Fisher 
  • A Court of Thorns and Roses de Sarah J. Maas
  • The Orphan Queen de Jodi Meadows
  • Red Queen de Victoria Aveyard


9. Forever and Always: um casal favorito de um livro.


Tenho vários casais que amo na literatura, mas vou escolher um casal que amei numa leitura mais recente, esse ano: Vivi e Rafa de As Batidas do Coração. Eu amei esse livro de todas as formas, história, personagens, etc. E esse casal passa por situações inimagináveis, são completamente diferentes e ainda assim, os achei perfeitos um para o outro. 


10. Come Back, Be Here: um livro que você não gosta de emprestar por 
não querer sentir saudades dele.

Sinceramente, eu não gosto de emprestar nenhum livro. Seja por ciúmes, por saudades ou pelo fato de: ou não receber de volta ou ele vir com manchas, rasgados, etc, porque a pessoa que você empresta não tem o mesmo cuidado que você e acaba estragando seu livro. Então, todos os meus livros se encaixam nessa opção rs. 


Músicas bônus:

11. Teardrops On My Guitar: um livro que te fez chorar muito.


Ahhh essa aqui é difícil pelo simples fato de que eu choro muito e com vários livros! Sou absurdamente emotiva (odeio isso aliás) e chorar com uma leitura se tornou algo muito fácil. Mas vou citar dois livros que recordo que me acabei completamente, quase inundando meu quarto rs. O primeiro é Mockingjay (A Esperança - li em 2011). Por Jogos Vorazes ser minha trilogia favorita, o fato de estar encerrando a trilogia e pelos acontecimentos nele, foi demais pra mim. Chorei de soluçar. E o segundo foi Hopeless (Um Caso Perdido), que acabou comigo de várias formas, chorei até não poder mais. 


12. Shake It Off: um livro que você ama muito, e que você não tá nem aí pros haters dele.


Trilogia Jogos Vorazes. Tem gente que ama, mas tem gente que odeia. Isso é normal, afinal, cada um tem suas preferências e seu gosto. A trilogia tem vários haters e muitos adoram falar mal e denegrir a história, os personagens, o final, etc., apenas por puro prazer de falar mal, mas eu não estou nem aí para eles. Eu amo os três livros e apenas isso que importa. 


Quem quiser responder todas ou alguma das opções da TAG nos comentários, eu vou amar ler todas!

Resenha: A Batalha dos Mortos de Rodrigo de Oliveira

Título: A Batalha dos Mortos
Série: As Crônicas dos Mortos #2
Autor: Rodrigo de Oliveira 
Editora: Faro Editorial
Gênero: Terror, Suspense, Pós-Apocalíptico, Ação
Ano: 2014
Páginas: 310
  
Sinopse: Ano 2018. À passagem de um planeta próximo da órbita da Terra, o que era para ser um dia de festa... Pessoas do mundo inteiro prepararam-se para um espetáculo astronômico mas o evento se transforma num pesadelo. Um dia após à maior aproximação do planeta, um imenso calor sobrevêm e 2/3 de todas as pessoas do mundo transformam-se em zumbis. Em São José dos Campos, um grupo cria um centro de refugiados para milhares de pessoas... eles reuniram condições de sobrevivência com água, alimentos e criaram uma grande fortaleza. Agora dedicam-se a encontrar outros focos de resistência e ajudar peregrinos do grande apocalipse. Eles não sabem, mas essa pode ser a maior comunidade de vivos na face da terra. No entanto, próximo a eles, uma outra resistência - perversa e potente -, também cresce. Um grande Comando do Exército é tomado por criminosos do presidio de segurança máxima de Taubaté. Eles resistiram aos zumbis, escravizaram outros humanos e, fortemente armados, se tornam uma ameaça letal à comunidade vizinha. Uma batalha está para acontecer. Um cerco para salvar vidas. E em meio a isso, inúmeras histórias de pessoas vivendo em situações-limite, muito além da sua imaginação. Livro II da série mais original sobre Zumbis desde The Walking Dead!

Hey leitores! Como vocês estão? Eu estou ótima! Amo fim de ano e todo esse clima natalino... Mas o livro de hoje, A Batalha dos Mortos, não tem nada de "clima natalino", não mesmo! 

"E naqueles dias, os seres tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído dos carros, quando muitos cavalos correm ao combate."
Apocalipse (9:9) - A visão da guerra 

Esse é o segundo livro da saga As Crônicas dos Mortos, que é composta por cinco livros. A resenha do primeiro livro intitulado, O Vale dos Mortos, está aqui. Eu tento falar dos livros sem falar nada que comprometa o desenrolar da história, então eu acredito que mesmo que você não tenha lido o primeiro livro, pode ler tranquilamente esta resenha. A resenha, não o livro! Pois você só pode ler A Batalha, após ler O vale (somente pra via de entendimento da ordem cronológica dos acontecimentos). Eu preciso confessar, A Batalha prendeu bem mais a minha atenção que O Vale. Se o Rodrigo seguir nesse ritmo, não vejo a hora de ler, A Senhora dos Mortos.

A história...
A Batalha dos Mortos já inicia com a mesma tensão que terminou O Vale, o caos que está a vida dos nossos protagonistas Ivan e Estela e todos os moradores do Condomínio Colinas em São José dos Campos - SP (local em que Ivan e todos os outros sobreviventes, conseguiram transformar em refúgio após toda a loucura em que se transformou o planeta). O mundo não é mais o mesmo, após o aparecimento do planeta Absinto, ele não se extinguiu, mas Absinto trouxe algo tão igualmente pior que a destruição do planeta, causou a transformação de humanos em horríveis criaturas, que em O Vale foram denominados, zumbis. 

Em A Batalha, Rodrigo nos permite saber um pouco sobre, como ficou o mundo fora dos muros do Condomínio Colinas. Nós conhecemos novos personagens, dentre eles, uma das que eu considero um dos principais, que narra a grande maioria dos acontecimentos desse livro, e acredito que vá aparecer mais ainda no terceiro livro, Isabel. Ela é uma mulher "especial", e descobrimos isso no decorrer da leitura. Através dela, Ivan e sua "comunidade", tomam conhecimento de uma outra resistência, só que esta, composta por criminosos do presídio de segurança máxima da cidade de Taubaté - SP. Conseguem imaginar? Uuuuuiii que medo! Eles tomaram um grande Comando do Exército! Criminoooosos! Livres! Lá, diferente da comunidade formada no Condomínio Colinas, após a chegada de Absinto, eles passaram a escravizar outros humanos. E quando Ivan descobre isso, é claro, com a ajuda do seu "pessoal", vai tentar resgatar essas pessoas e, é aí, que a história continua...

"- Estela, eu sou muito grata por tudo o que vocês fizeram, mas tenho alguns assuntos muito importantes para conversar com você e Ivan. Vocês teriam um instante amanhã cedo?
- Claro que sim, Isabel! - Estela respondeu, solícita. - Basta nos procurar na administração. É algo grave? - Ela teve um repentino mau pressentimento.
- Eu diria que é algo grave e perigoso - Isabel afirmou, séria. Decidira que estava na hora de falar a respeito de um animal chamado Emmanuel." 

O que eu amei...
Eu gostei muito de A Batalha dos Mortos. Me prendeu bem mais que o primeiro livro (que já achei bom). O Rodrigo é um escritor bastante perspicaz, com certeza ele estava atento ao feedback de O Vale dos Mortos, e em A Batalha, ele deu seu "toque de mestre". Fiquei interessada de verdade nas histórias paralelas, que acontecem ao redor da história central e como elas se interligam, queria saber tudo sobre a Isabel e sua família, e os outros personagens secundários. Achei incrível como ele soube "abrasileirar" as histórias sem ficar parecido com "novela da Globo", não me levem a mal, eu amo nosso país, e toda essa saga se passa no Brasil, o que é incrível! Mas nós vemos tantas histórias por aí, tão mal contadas que mais parece filme de baixo orçamento. E o Rodrigo conseguiu elevar isso a um novo patamar. Incrível!

Eu gosto de como a saga não é só sangue e mutilação, nós conhecemos os personagens, suas vidas, suas histórias, romances, trabalhos, frustrações, realizações, medos... Isso é importante, pois até os monstros de olhos leitosos e expressões ferozes, tem uma história. Outro detalhe que me deixou confortável, foi o autor dar uma explicação meio que "espiritual" a toda essa loucura. No primeiro livro, eu citei um quote que dava a entender isso, e eu torci que ele falasse um pouco mais sobre isso no segundo livro, e ele fez. Gostei muuuito!

"- Sinceramente, eu acho que todos precisamos manter a mente aberta. Afinal de contas, apenas um ano atrás ninguém imaginava que poderiam surgir zumbis matando pessoas por aí. Mas parece tão absurdo... Não poderiam ser cometas? - Estela sugeriu.
- Impossível. O comunicado dizia que os pontos luminosos se deslocavam a cerca de um décimo da velocidade da luz. Não existe nenhum tipo de corpo celestial que se desloque tão rápido. Sua velocidade era quinhentas vezes maior, em média, do que seria esperado de um cometa ou meteoro - Oscar foi categórico.
- Agora entendi por que você os chama de desalmados, faz sentido. - Ivan o fitava, pensativo." 
Eu também senti beeeem mais pavor nesse livro, é um suspense eletrizante, eu não consegui largar até o fim da leitura, e o melhor, diferente de O Vale, esse me deixou muito com o gostinho de quero mais, fiquei bastante curiosa e ansiosa por A Senhora dos Mortos. Queria poder colocar bem mais quotes, mas com um livro assim, fica fácil de dar um big spoiler.


E mais uma vez, (como sempre, com todos os seus livros), a Editora Faro fez um trabalho impecável com essa edição. Dá gosto de ler o livro. Capa e contra capa perfeitas, ilustrações incríveis, e também a cada início de capítulo ficaram muito bem feitas, muito boas fazendo referências a história. Páginas amarelas, fonte de tamanho adequado... E gente, eu preciso falar dos marcadores, que trabalho primoroso! Eu sou muito fã da editora, com certeza, na Faro, são todos verdadeiros leitores. Pois eles fazem um trabalho de verdade pensando em nós leitores apaixonados. Deixo aqui registrado o meu muito obrigada!


O que me incomodou um pouco...
Tenho pouquíssimas ressalvas. A primeira delas é que por mais que seja um livro de leitura fluída, um suspense eletrizante, algumas vezes quando o acontecimento estava no seu ápice, no meio tinha tantos detalhes descritivos, que eu meio que desacelerava, e eu não gostava disso, queria o frio na barriga em sua forma crua, e isso em alguns momentos devido às descrições, não rolou.

Outro incômodo, foi na verdade um personagem, a Isabel. Eu a achei tão contraditória que em muitos momentos, ela não parecia ser a pessoa descrita no início do livro. A única desculpa plausível que eu pude encontrar, foi que em situações de extremos, algumas pessoas agem de forma completamente oposta ao seu verdadeiro eu, OU, mostram o seu eu verdadeiro. Eu pensei por várias vezes, "que pessoa egoísta"! Isso me incomodou muito...

Melhor quote...
"Eram muitos, vindos de diversas direções. 'Ela' começou a sentir a respiração cada vez mais pesada e o corpo ficando entorpecido, junto com uma enorme vontade de vomitar. Sabia estar infectada, já vira aquilo acontecer. Em breve aquele pesadelo terminaria, e uma nova e desconhecida fase começaria. Pensou em se matar, mas não tinha coragem. Só rezava para que tudo acabasse. Tinha esperanças de que aqueles seres não guardassem lembranças, vontades ou medos. Fossem apenas cascas ocas e mortas."