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Resenha: Sociedade dos Meninos Gênios de Lev AC Rosen

Título: Sociedade dos Meninos Gênios
Autor: Lev AC Rosen
Editora: Novo Conceito
Gênero: Steampunk
Ano: 2014
Páginas: 544
Sinopse: Chantagem, mistério, confusões de gênero, coelhos falantes e um assassino autômato: mergulhe na trajetória de Violet Adams, que assume a identidade de seu irmão gêmeo para conseguir uma vaga na mais prestigiada universidade de Londres, que é exclusiva para meninos. Inspirado em clássicos como Noite de reis, de Shakespeare, e A importância de ser honesto, de Oscar Wilde, SOCIEDADE DOS MENINOS GÊNIOS traça um retrato pitoresco e provocativo da aristocracia vitoriana, oferecendo diversão, aventura e uma reflexão bem-humorada sobre a questão do gênero.

A história...
Violet tem dezessete anos, é um gênio desde pequena e quer aproveitar a viagem de um ano do pai à América para colocar seu plano em prática: se passar pelo irmão gêmeo para poder cursar uma universidadeem Londres (Illyria) que só aceita homens. É o século 19 e a sociedade é bem diferente da que estamos habituados.
[...] Todas as noções das mulheres vistas como fracas, de intelecto limitado ou feitas apenas para cuidar da família e dar à luz seriam apenas lembranças. Ela mostraria ao mundo - ou pelo menos ao mundo científico - que as mulheres eram iguais aos homens em todos os sentidos.
Violet é adora criar novas invenções, enquanto seu irmão (Ashton) é um romântico que gosta de arte e poesia. Ela consegue ser aceita em Illyria se passando por Ashton. As coisas começam a complicar quando Cecily (sobrinha do atual dono de Illyria, o duque), começa a ter sentimentos por Violet enquanto ela está se passando por homem. E não só isso, mas Violet começa a ser chantageada e perseguida por autômatos assassinos.  Além disso tudo, Violet e o duque começam a sentir algo um pelo outro (enquanto ela está se passando pelo irmão).  

Quais segredos Illyria esconde? Quem está por trás dos autômatos assustadores e qual seu objetivo? Como Violet irá lidar com o fato de sentir algo pelo duque e não poder contar a verdade sobre quem ela realmente é?  E como o duque irá lidar com o fato de sentir algo diferente por um estudante (que aliás é um "homem")? Violet e seus amigos enfrentarão aventuras perigosas em busca de respostas.

Alguns dos personagens...
Vários são os personagens apresentados durante a história. Violet é uma garota forte e decidida que não aceita ser tratada como inferior aos homens. Jack, amigo de infância de Violet e Ashton, entra para a mesma universidade que Violet e a ajuda no disfarce. Enquanto ela gosta da parte mecânica, ele se interessa pela biológica. Cecily é uma menina de 16 anos que vive em Illyria com sua governanta Mirian. Ela também adora as ciências e tem vocação para a área química. Mirian tem uma vida dupla que esconde do duque ou pode acabar perdendo seu emprego com Cecily. Ela é uma mulher que já passou por muita coisa e que presa sua liberdade. 

A narração é em terceira pessoa e abrange vários dos personagens, ampliando assim nossa visão em vários cenários/acontecimentos. O legal é que apesar de vários personagens, a leitura não fica confusa.

O que mais gostei na leitura...
Em alguns momentos senti que estava lendo sobre cientistas malucos pelas experiências “fora do normal” que eram descritas. Muitas das coisas são bem fantasiosas, fora da realidade e isso deu um toque diferente a leitura.
- Sou discreto quando preciso ser. Todo mundo pode saber das minhas inclinações, mas não anunciá-las em público. Não saio por aí de mãos dadas com Antony nem lhe propondo casamento. É assim que acontece com homens como eu e assim sempre será.
O humor que o autor nos remete é um do qual não estou acostumada e por isso foi agradável. Suas reflexões sobre os gêneros (feminino e masculino), seus sentimentos, anseios, atratividade é fora da realidade em que vivemos atualmente, não há aquele preconceito ou mentalidade da sociedade atual. Lev AC Rosen de certa forma provoca a aristocracia de um jeito divertido e bem humorado. 
[...] A sociedade não tolerava ofensas como a inversão de sexos. Aprovava apenas as inversões de fortuna, e somente quando o rico se tornava pobre, porque isso gerava fofocas excelentes. Um pobre que se tornasse rico era algo bastante angustiante e uma mulher que se tornasse homem era algo perverso.
Deparamo-nos com personagens femininas fortes. Naquela época as mulheres eram sinônimo de: dona de casa, esposa e mãe. E Violet, Cecily e Mirian nos mostram que as mulheres são bem mais do que isso e merecem o devido respeito.

Uma outra coisa que adorei foi o fato de ser um livro único (amém), porque hoje o que mais vemos por aí são séries e como não gosto de esperar continuações, ler um livro único de vez em quando é muito bom! Esses são raros rs.

Porque não dei 5 estrelas...
O autor pecou em um ponto que foi a extensão do livro. São 544 páginas e a leitura ficou cansativa em determinados trechos que considerei irrelevante, portanto acredito que se o autor tivesse sido mais objetivo e diminuído a quantia de páginas, a leitura seria mais proveitosa. 

Opinião final...
O livro é ótimo, tem steampunk, aventura, romance, personagens fortes, humor e muito mais. O autor se inspirou em obras de Shakespeare e Oscar Wilde. Como não li nada deles, não pude fazer comparações sobre as obras, mas quem já os conhece e os apreciam, deve ser um prato cheio! Se você não se importa com um livro mais longo, recomendo a leitura, pois a história muito me agradou!  

PS: Confiram aqui minha entrevista com o autor! 



Resenha: Princesa Mecânica de Cassandra Clare

Título: Princesa Mecânica
Série: As Peças Infernais #3
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501092700
Ano: 2013
Páginas: 430
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Sinopse: Continuação de Príncipe mecânico, “Princesa Mecânica” é ambientado no universo dos Caçadores de sombras, também explorado na série Os Instrumentos mortais, que chega agora ao cinema. Neste volume, o mistério sobre Tessa Gray e o Magistrado continua. Mas enquanto luta para descobrir mais sobre o próprio passado, a moça se envolve cada vez mais num triângulo amoroso que pode trazer consequências nefastas para ela, seu noivo, seu verdadeiro amor e os habitantes do Submundo.

Eu estou catastroficamente apaixonado por você.
Como esse é o último livro da série (espero muito que a autora não invente um novo livro) vou evitar falar da história e vou somente dar minha opinião sobre enredo, personagens, etc. Portanto, podem ler tranquilos, pois NÃO HÁ SPOILER! 

Cassandra Clare conseguiu com maestria deixar os personagens ainda melhores e mais maduros. Tessa cresce muito e está mais confiante e parece que sentimos o que ela sente, sua angústia sobre aqueles que ela ama e tudo que ela faz para tentar protegê-los. Jem está mais debilitado nesse livro, mas nem por isso perde sua personalidade amável. E Will fará de tudo para salvar aqueles que ama.   
Por toda a minha vida, desde que vim para o Instituto, você foi o espelho da minha alma. Eu via em você minha bondade. Só em seus olhos encontrava graça. Quando você se afastar, quem vai me enxergar assim? 
Uma das cenas que adorei é uma que nos mostra como Jem chegou ao instituto e como ele e Will se conhecem, quando tinham 12 anos. Will, sendo Will (ou seja, ignorante de cara) e Jem, sendo Jem (rebatendo e não sendo afetado pelo humor de Will). A cena é ótima e eu sempre quis saber como eles haviam se conhecido. 

Cecily (irmão de Will) entra na história e ganha certo destaque. Os irmãos Gabriel e Gideon Lighwood também recebem sua parte e inclusive há narração sob o ponto de vista desses 3 novos personagens. 
– Você ama os dois, e isso a destrói. 
Não poderia deixar de falar de Will e Jem! A ligação parabatai entre eles é tão linda e sincera que os dois são um dos melhores “casais” que eu conheci. É uma ligação maior do que amizade, do que de irmãos e provavelmente a melhor coisa da série. Eu adoro o triângulo amoroso do livro (e olha que nunca fui chegada a triângulos amorosos), mas “Will e Jem” são outro nível *o*

Quem já leu alguns dos livros da série Os Instrumentos Mortais da Cassandra Clare, vai perceber que os livros possuem certas conexões. Muitos dos sobrenomes que vemos em uma série são “descendentes” ou “ancestrais” de outra. Alguns personagens se repetem nas duas séries como Magnus Bane e outros. Uma descoberta e um acontecimento no final do livro também possuem certa ligação com a outra série, mas não posso contar para não perder a graça. É muito legal ver essa relação entre as séries da autora. 
Você me pergunta como eu, sendo imortal, sobrevivo a tantas mortes. Não existe nenhum grande segredo. Você suporta o que é insuportável, e segue.
Magnus Bane é um dos melhores personagens das duas séries e ele não nos decepciona em nenhuma delas.

Princesa Mecânica é o tipo de livro que faz o leitor parar por um bom tempo após a leitura, seja para refletir sobre a genialidade que acabou de ler ou para chorar pelos acontecimentos ou para apenas ficar em choque com a história. E isso é ótimo, porque ter um impacto tão grande após uma leitura costuma indicar que aquele livro foi genial. E Princesa Mecânica é exatamente isso.

Quando lemos uma série, sempre ficamos preocupados em como o autor vai terminar aquela história que passamos a amar. Ficamos nos perguntando, será que tal casal vai terminar junto? Será que alguém morre? Será que o final será digno da série? Ou qualquer outra pergunta importante que possamos fazer! E posso dizer que o final de Princesa Mecânica e da série foram PERFEITOS!!!! Se Cassandra Clare mudasse alguma coisa desse final iria estragar a série. Mas o final que ela deu foi sensacional!
Nossos corações precisam de um espelho, Tessa. Enxergamos o melhor de nós mesmos naqueles que nos amam [...] 
Eu chorei, ri, chorei, pulei, chorei de novo, gritei, chorei outra vez e tive tantas reações e sentimentos loucos e misturados em relação ao livro, que horas eu queria bater na autora, horas eu queria abraçá-la. Preparem-se para terem o coração partido em muitos pedacinhos. A autora nos faz sofrer em muitos momentos, seja com momentos fofos, seja com momentos muito tristes.

Chorei horrores em quase todo o livro, porque Cassandra nos faz sofrer e muitooooooo com os personagens! Mas ela também nos faz pular e rir de felicidade em outras. Posso dizer que com certeza esse livro está no meu top desse ano! Leiam, leiam e leiam <3

PS1: E o que foi aquele Epílogo??? OMG!!!! Morriiiiiiiiii <3333333

PS2: 'As Peças Infernais', em minha opinião, é muito superior a 'Os Instrumentos Mortais', pois quem já leu minhas resenhas de IM, sabe que não curti muito os últimos livros lançados, pois para mim a série deveria ter sido apenas uma trilogia, portanto o quarto e quinto livro não me agradaram tanto assim.