Título: Eva
Série: Trilogia Eva #1
Autora: Anna Carey
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501092755
Ano: 2013
Páginas: 288
Sinopse: A guerra dos sexos está apenas começando... No futuro, uma praga mortal aniquilou a população da terra. Homens e mulheres seguem segregados. Os meninos são mandados para campos de trabalho forçado. As meninas, para Escolas onde aprendem uma profissão chave na reconstrução mundial. Mas as aparências enganam... E Eva está prestes a descobrir que a verdade pode ser muito mais terrível do que o vírus que varreu seu país. Está prestes a descobrir que seu futuro pode ser mais parecido com a da primeira mulher a levar seu nome...
Meu corpo se enroscou e tremeu, tomado pela vergonha. Tanto na Escola quanto fora dela, eu acreditara que o amor era uma responsabilidade - algo que podia ser usado contra mim. Comecei a chorar, finalmente sabendo a verdade: o amor era o único adversário da morte, a única coisa poderosa o bastante para combater sua força urgente e arrebatadora. [Pág. 237/238]Em um futuro não tão distante assim, um vírus assolou a Terra e matou quase toda a população mundial. Em um lugar chamado ‘Nova América’, passamos a conhecer Eva, uma adolescente órfã, como a maioria das pessoas de sua idade, que está a ponto de se formar na Escola. A Escola é um local onde somente meninas estudam e lhes é prometido, após a formatura, quatro anos de aperfeiçoamento de sua habilidade escolhida para que possam receber seu lugar na sociedade.
- A praga veio primeiro, e então a vacina a tornou muito pior. O mundo foi consumido pela morte, Eva. Não havia ordem alguma, as pessoas estavam confusas. Assustadas. O Rei assumiu o poder, e então era preciso fazer uma escolha: segui-lo ou ficar sozinha na selva. [Pág. 35]As meninas nunca saíram da Escola e estão confinadas ali desde que eram crianças bem novas e desde então, nunca viram alguém do sexo masculino. Na Escola, lhes ensinam que os homens não prestam, que são violentos, mentirosos e tudo que possam imaginar de ruim e afirmam que o único homem decente existente é o Rei. O Rei é quem governa a ‘Nova América’ e criou esse sistema atual.
[...] Eles devem ter pensado que, se tivéssemos medo dos homens, nunca os desejaríamos. Nunca iríamos querer amor, ou ter nossas próprias famílias. Aí então estaríamos mais dispostas a fazer o que quer que nos pedissem. [Pág. 129]Mas na véspera de sua formatura, Eva, melhor aluna e oradora da turma descobre que a Escola e o aperfeiçoamento não passam de uma grande mentira e que seu objetivo é completamente diferente do que lhes é ensinado. E assim, ela foge para um mundo desconhecido na selva, em busca de um lugar chamado Califia, onde talvez consiga buscar refúgio e ajuda. Mas sua fuga apenas enfurece o Rei e agora todos os soldados irão caçá-la, até encontrá-la e entregá-la ao Rei.
[...] O rosto dele era tão suave, tão sincero e doce que eu me esqueci, mesmo que só por um instante, que éramos diferentes. Que ele era do outro sexo, o mesmo sobre o qual eu fora advertida. O mesmo que eu passara a vida inteira temendo. [Pág. 133]Caleb é um adolescente que vive em um acampamento com outros homens e também fugiu de uma Escola, que no caso dos meninos é um campo de concentração de trabalho forçado. Ele parece selvagem inicialmente, mas conforme Eva vai conhecendo-o, ela percebe que ele é tudo menos o que ela imaginava e aos poucos vai ‘rolando um sentimento’, mesmo com tudo de ruim que aprendeu sobre o sexo masculino na Escola.
[...] Uma coisa que a professora Agnes dissera era verdade, até mesmo agora: alguns homens viam as mulheres apenas como mercadoria. Como combustível, arroz ou carne enlatada. [Pág. 196]Eva é uma distopia em um mundo pós-apocalíptico, com muita tensão, ação, romance e ao mesmo tempo em que encontramos algumas pessoas boas, outras são a maldade pura. Anna Carey criou um mundo horripilante, onde os homens e mulheres são segregados e onde o mundo é ainda mais perigoso para mulheres, que servem como mercadoria e podem ser vendidas para homens desprezíveis e muito mais. Mas não só as mulheres são vítimas, os homens também desde cedo sofrem fazendo trabalhos forçados, sem receber nada em troca.
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