Resenha: O Livro das Princesas - Meg Cabot, Paula Pimenta, Lauren Kate, Patricia Barboza



Título: O Livro das Princesas
Autoras: Meg Cabot, Paula Pimenta, Lauren Kate, Patricia Barboza 
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501403254
Ano: 2013
Páginas: 288
"Da mesa da Princesa Mia Thermopolis: Olá, amigos, fãs e companheiros admiradores de princesas (ou eu deveria dizer simpatizantes de princesas?)! Eu mal pude acreditar quando alguém do Brasil permitiu que EU desse uma olhadinha neste livro. Mas acho que faz sentido, já que, além de ser uma princesa, também tenho verdadeira paixão por histórias românticas! Acreditem no que eu digo, este livro tem essas duas coisas de sobra! Mas são releituras contemporâneas, com reviravoltas que farão você dizer owwwwnnnnnn… Uma Cinderela DJ? Rapunzel popstar? Bela é uma supermodelo? E unicórnios em A Bela Adormecida?! Sim, por favor! Mais, mais. POR FAVOR. Não se preocupem, tem mais. Muito mais. Eu amei, e vocês também vão! (Sim, você também vai amar, Tina Hakim Baba. Pode pegar meu exemplar emprestado quando eu terminar de ler. Não, melhor: compre o seu. Assim você vai poder ler de novo e de novo, como eu pretendo fazer.) Sinceramente, Sua Alteza Real, Princesa Mia Thermopolis"

Em vez disso, enquanto me afundava na inconsciência, só o que me perguntava era o que seria ele - homem ou monstro? [Pág. 39]
Em a Modelo e o Monstro, Meg Cabot nos conta a história de Belle, uma modelo famosa de 18 anos que recorreu a essa carreia para ajudar nas despesas médicas da mãe, que acabou morrendo de câncer. Seu pai se casou de novo e agora ela está em um cruzeiro com sua meia-irmã Penny, na lua de mel do pai e madrasta. Lá ela acaba sendo atacada por um homem, mas é salva pelo “sombrio misterioso”, apelido que ela deu para um tripulante que viu numa sacada no primeiro dia da viagem e por quem sentiu atração, mesmo o tendo visto de longe. Mas ele tem um ‘segredo’ que tenta esconder, fazendo de tudo para se afastar dela e esconder seu rosto. 

Meg nos conta uma versão moderna de A Bela e a Fera. A narração é sob o ponto de vista de Belle e ela é uma personagem adorável. Penny é outra personagem que gostei muito. A história se desenvolve bem, só que um pouco rápida, poderia ser mais bem desenvolvida com algumas páginas extras.
[...] - Às vezes uma pessoa especial pode estar bem na nossa frente e não conseguimos enxergar pelo fato de ela estar escondida atrás de um disfarce, fingindo ser quem não é... [Pág. 113]
Em Princesa Pop, Paula Pimenta conta a história de Cintia, uma adolescente que após ter flagrado seu pai traindo sua mãe, passou a viver com a tia, enquanto sua mãe foi convidada a trabalhar no Japão por 3 anos. Ela desde então não fala com seu pai, que agora mora com a “namorada” que tem duas filhas gêmeas. Após uma nova regra da escola estragar seus planos para se comunicar com sua mãe no Japão durante a semana, ela acaba tendo que recorrer a seu influente pai para resolver o problema e ele aceita com uma condição: que ela vá ao aniversários de 15 anos de suas “irmãs”. Sem escolha, ela acaba indo, mas tem um problema. Ela trabalha como DJ e sem saber já estava contratada para tocar na mesma festa e não pode deixar seu pai saber de seu trabalho, com isso, aproveita que a festa é a fantasia e se transforma em duas pessoas na mesma noite. O que ela não imaginava era que iria encontrar seu príncipe por lá...
[...] Aquele garoto não tinha nada de “príncipe”! No mínimo devia ser um bruxo disfarçado, porque só um feitiço explicaria tudo que eu estava sentindo. Ele havia me deixado completamente... encantada. [Pág. 127]
Paula trás o conto moderno da Cinderela, com direito a uma madrasta malvada, ao sapatinho perdido e um príncipe fofo por quem qualquer uma se apaixonaria. Cintia narra sua história e é uma menina um pouco revoltada e amarga pelo que o pai fez com sua família, deixando de acreditar no amor. Ela terá que lidar com a madrasta que é realmente uma bruxa, com o pai “lerdo” que não enxerga quem a namorada realmente é, e com o coração batendo mais forte, mas ao mesmo tempo sofrendo por ser impedida de ter o seu final feliz. Esse foi meu conto preferido.
Se não tivesse entrado com um unicórnio branco no que parecia um castelo encantado e encontrado uma menina adormecida em um altar, àquela altura Percy teria certeza de que seus olhos lhe pregavam uma peça, que não havia como existirem dois anjinhos pairando diante dele. [Pág. 232]
Em Eclipse do Unicórnio, Lauren Kate nos trás o conto da Bela Adormecida moderno. A história gira em torno de Percy, que vai à Paris numa excursão da escola e lá descobre um castelo com uma menina adormecida. Talia é a princesa de um reino que por um “feitiço” dado como presente de um anjo acaba adormecendo após espetar o dedo no chifre de um unicórnio e assim fica por um milênio, até que seu encanto possa ser quebrado. 

É o primeiro texto que leio da Lauren Kate, devo admitir que nunca tive vontade de ler seus livros. Não gostei muito dos elementos usados na história, unicórnio, anjo, bela adormecida e um adolescente que foi largado pela namorada. A narração é dividida entre os dois personagens, que alternam capítulos. Foi o único conto que não gostei.
[...] Eu estava parecendo um daqueles presos que fazem riscos na parede da cela. Eram precisamente três dias para que eu, linda e loira, entrasse naquele salão de cabelereiros e dissesse para um deles: “Querido, corte na altura dos ombros!” Ah, que dia tão feliz! [Pág. 244]
Em Do Alto da Torre, Pat Barboza nos conta a história de Camila, uma menina de 14 anos que perdeu os pais e vive com a madrinha na “torre”, que na verdade é o 14º andar de um apartamento em Copacabana. Aos 11 anos ela ficou bem doente e sua madrinha fez uma promessa por sua cura onde não cortaria seu cabelo até completar 15 anos e assim Camila ganhou o apelido de Rapunzel. Seu sonho é ser cantora e seu melhor amigo Pedro a ajuda a criar uma personalidade chamada Mila Tower e postar seus vídeos cantando no youtube, tornando a menina famosa na escola e escondendo sua verdadeira identidade.
[...] Por que nós princesas modernas precisamos de um príncipe para nos salvar? Já pensou que nos dias de hoje as princesas podem ter o poder nas mãos? Que elas vão resgatar o príncipe? [Pág. 252]
A história moderna de Rapunzel escrita pela Pat foi muito legal. Camila é uma ótima personagem, e parece até mais velha do que a idade que tem. A narração é somente sob seu ponto de vista e ela tem que lidar com uma tia rigorosa, com a dúvida no coração sobre quem ela realmente gosta, o garoto mais gato do colégio ou o melhor amigo que esteve sempre ao seu lado e com a possibilidade de conseguir uma bolsa para fazer um curso de canto de que tanto sonha. 

É uma pena que as histórias sejam tão curtinhas, porque na maioria das vezes elas poderiam ser mais bem desenvolvidas se tivessem mais páginas. A média é de 70 páginas por conto, o que dificulta explorar muito os contos, deixando às vezes as histórias um pouco apressadas. O da Paula é uma exceção, pois tem pouco mais de 100 páginas e foi o melhor desenvolvido, sem correria. Como são quatro contos, não achei justo dar uma nota para o livro em geral, mas sim dar uma nota para cada conto separadamente. Então, aqui está minha classificação por ordem de preferência:


Evitei de propósito falar muito sobre cada conto para não perder a graça, então esperem muito mais do que descrevi aqui. O livro é curto, então é leitura é rápida e agradável. Recomendo para todos que gostem das autoras, ou gostem de contos de fadas, ou gostem de romance ou queriam ler histórias divertidas, mesmo já imaginando como será o final de cada história, afinal, mesmo sendo contos modernos, os contos de fadas costumam ter um final já previsível. 

PS: Sorteio do marcador do livro com outros sortidos aqui para quem comentar.  

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