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Resenha: Quase Casados de Jane Costello

Título: Quase Casados
Autora: Jane Costello
Editora: Record
Gênero: Chick-lit, Romance
Ano: 2014
Páginas: 416
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Sinopse: Para Zoe Moore, o dia de seu casamento foi o mais marcante de sua vida. Ou melhor, o dia em que deveria ter se casado, mas em vez disso, foi largada no altar após sete anos de namoro. Arrasada e disposta a se recuperar, ela decide se mudar de Liverpool para os Estados Unidos e trabalhar como babá. Ao chegar em Boston, ela se depara com a esperta Ruby, prestes a completar 6 anos, o adorável Samuel, que acaba de fazer 3, e o pai deles, Ryan Miller. Seu novo chefe, além de fazer uma bagunça sem precedentes e de ter um mau humor imbatível, é incrivelmente bonito. Depois de um começo um tanto decepcionante, Zoe e Ryan começam a se entender, mas ela está prestes a descobrir que recomeços podem ser mais difíceis do que esperava.

Zoey é uma mulher bem sucedida de 28 anos, que adora seu trabalho e tem uma boa vida. Ela vive em Liverpool, no Reino Unido, e pensou ter encontrado o amor de sua vida, mas estava completamente enganada. Ao ter a maior decepção de sua vida ao ser abandonada no dia do casamento, ela resolve viajar para os Estados Unidos para trabalhar como babá para uma família que parece um sonho, mas seus planos dão errado e ela acaba sendo alocada com outra família.

- Gostou do meu pai? Pergunta ela com ansiedade.
Como responder? Não posso dizer a ela que, embora eu pense que ele é sexy de fazer o coração parar, minha primeira impressão de Ryan é que ele também é arrogante, evasivo e completamente grosseiro. Pego a mão dela, aperto e sorrio.
- Seu pai é ótimo - digo a ela.

Ryan à primeira vista é um homem mal humorado que nunca sorri e tem dois filhos: Ruby de 6 anos e Samuel de 3. Ele perdeu sua esposa e desde então sua vida não é a mesma. Várias babás já passaram por sua casa, mas nenhuma dura mais que uma semana. Mas desde que Zoey aparece, as coisas começam a mudar não só na vida dela, mas na de Ryan e das crianças, que de início dão trabalho, mas aos poucos criam um relacionamento bem legal com a babá. E Ryan, que começa ignorante e sempre de mal humor, acaba se rendendo aos encantos de Zoey, mesmo que isso leve tempo para acontecer.

‘Quase Casados’ é um típico chick-lit, com romance, momentos divertidos, previsíveis e com aquele toque um pouco clichê. O que eu gosto nesse gênero é que os personagens costumam estar numa faixa etária próxima dos 30 anos e isso é um alívio com tantos livros adolescentes lançados. Zoey é uma mulher que adora trabalhar com crianças, batalhadora e que está correndo atrás de sua felicidade. Apesar da decepção ser recente e grande demais, ela ainda vai lutar por muito tempo para deixar de amar o homem que a abandonou sem dar uma mísera explicação. Afinal, ela nem sabe o motivo de ter sido abandonada minutos antes do casamento.

Você pode atravessar um oceano para fugir. Mas não tem como fugir de seus pensamentos.

No inicio da leitura eu me irritei bastante com as atitudes de Ryan, o novo chefe de Zoey. Ele nunca está de bom humor, nunca tem tempo para os filhos, joga todo o trabalho para Zoey e ela parece invisível para ele. Também me irritei com Zoey por ter se submetido a certas coisas e por muita das vezes ficar suspirando pela beleza do patrão, que ficou claro que era um gato, mas tão arrogante no início que acho difícil alguém conseguir gostar dele assim. Fora alguns mimimis do amor que ela ainda sente pelo noivo que a abandonou.

Tive sentimentos contraditórios ao ler Quase Casados. Havia momentos em que eu apenas queria estapear os personagens, mas ainda assim não deixei de gostar do livro. Quando foi chegando mais para o final, fui me irritando com a protagonista que sempre arrumava desculpas para si mesma, em relação ao que fazia, ao que sentia e isso foi aos poucos diminuindo a nota que eu daria ao livro. O que me deixou chateada também foi o final. A autora deu um final rápido e sem muito aprofundamento. O ideal é que no mínimo ela tivesse feito um epílogo ou mais alguns capítulos.


A capa brasileira e a original são bem bonitinhas. A narrativa é envolvente e sob o ponto de vista de Zoey. É um livro leve, divertido, com capítulos curtos, romance e apesar de ter pouco mais de 400 páginas, a leitura é rápida. Apesar dos problemas que tive, principalmente com a protagonista, eu gostei da leitura. Muito da minha opinião em um livro vem do que estou sentindo ou passando no momento e como eu estava com uma ressaca literária braba após leituras medianas ou ruins, eu precisava de uma leitura sem muita pretensão como essa.


Resenha: Austenlândia de Shannon Hale

Título: Austenlândia
Autora: Shannon Hale
Editora: Editora Record
Ano: 2014
Páginas: 238
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Sinopse: Jane Hayes tem 33 anos e mora na Nova York atual. Bonita, inteligente e com um bom emprego, ela guarda um um segredo constrangedor: é verdadeiramente obcecada pelo Sr. Darcy. Embora sonhe com ele, os homens reais com os quais se depara são muito diferentes dos que habitam sua fantasia. Justamente por isso, ela decide deixar de lado sua vida amorosa e aceitar seu destino: noites solitárias aconchegada no sofá assistindo a Colin Firth em seu DVD. Porém, esses não são os planos que sua rica e velha tia-avó Carolyn, tem para a moça. A única a descobrir o segredo de Jane deixa, em seu testamento, férias pagas para a sobrinha-neta na Austenlândia. A ideia é que Jane tenha uma legítima experiência como uma dama no início do século XX e consiga se livrar de uma vez por todas de sua obsessão. Contudo, para isso, ela terá que abrir mão do celular, da internet e até do uso de sutiãs em troca de tardes de leitura, espartilhos e... a companhia de belos cavalheiros.

Olá leitores fofos! Estava muito ansiosa pra ler Austenlândia! Quem me conhece sabe o quanto sou fã de Jane Diva Austen! Amo toda a sua obra e mesmo Persuasão sendo o meu favorito, é claro que tenho minha paixão platônica por Mr. Darcy (ainda mais depois que assisti a atuação de Colin Firth... Suspira!) :3
Bom, fiquei realmente muito feliz quando o recebi da Editora Record. Mas sabem o que dizem da expectativa certo? Pois é... Fui com sede demais ao pote...

O recado que a autora dá no início do livro antes do prólogo, é muito bom, vale muito a pena citar: "Para Colin Firth, você é demais, mas eu sou casada, então acho que deveríamos ser apenas amigos." Esse "recado" eu também assino... :D

A história...
Jane Hayes, de 33 anos, mora em Nova York. É bonita, inteligente, profissionalmente bem resolvida. Já não se pode dizer o mesmo de sua vida amorosa... Jane teve inúmeras "decepções" e assim, "desistiu" de sua vida amorosa, pois falando em expectativas... Jane é completamente, absurdamente, enlouquecidamente, obcecada pelo Mr. Darcy! Com isso, ela não consegue se envolver emocionalmente com nenhum homem, pois "procura" o personagem fictício em todos os homens que conhece, aí está o grande problema de Jane. Cada "fracasso" em suas relações, só fez com que Jane ficasse mais introspectiva e, mais ainda obcecada por Mr. Darcy!

Sua aventura começa com uma visita inesperada, a mãe de Jane, Shirley, foi visitá-la e levou junto a tia avó de Jane, que está nos seus últimos dias de vida, Carolyn, (uma tia-avó distante, que Jane mal conhece ou teve contato durante toda a sua vida), e em pouco tempo ela consegue desvendar Jane e descobrir sua obsessão secreta. Carolyn faleceu, e para surpresa de Jane, sua tia-avó deixa pra ela de herança, um presente um tanto inusitado, uma viagem com tudo pago, para um lugar chamado Austenlândia...

Pembrook Park, Kent, Inglaterra. Entre por nossas portas como um convidado que veio passar três semanas a fim de apreciar as maneiras do campo e a hospitalidade_ Uma visita para o chá, uma dança ou duas, um volta no jardim, um encontro inesperado com um certo cavalheiro, tudo culminado em um baile e talvez algo mais... Aqui, o príncipe regente ainda governa uma Inglaterra tranquila. Sem roteiro. Sem final escrito. Férias como ninguém mais pode oferecer.

E lá estava Jane, a caminho de Londres, especificamente Pembrook Park, em Austenlândia, embarcando na fantasia de estar no ano de 1816, livrando-se de qualquer "aparelho eletrônico" (ordens expressas da Sra. Wattlesbrook), também passou a chamar-se Srta. Jane Erstwhile, começou a fazer uso da "linguagem regencial", com direito a vestidos de época e espartilhos, conhecendo Theodore o jardineiro que não se encaixava naquele lugar, e também um frustrante e enigmático Sr. Nobley... A fantasia perfeita, certo?!

Aqui estava ela em um novo começo, com os dedos encolhidos na beirada do trampolim. Estava pronta pra mergulhar. Adeus para a lista estranha de namorados numerados e para a intensidade mutante e inspirada por Austen que a levara de um fim a outro. Ela estava confiante de que essas férias, ao contrário de qualquer um dos relacionamentos anteriores, teriam um final feliz.

Austenlândia é uma espécie de "réplica perfeita" dos mundos narrados por Austen no século XIX, e Jane, é claro fica encantada, e também um pouco receosa... Os "atores" envolvidos em todo o mundo de Pembrook Park, fazem tudo parecer tão real... E aos poucos Jane embarca nesse mundo e em todas as emoções que ele proporciona.

Na manhã seguinte, depois de um enorme e substancial desjejum, Jane entrou em uma carruagem (Uma carruagem!, pensou ela)...

O que eu amei...
Eu amei o tema central do livro (é claro!!!) que são as obras da Austen... E o tão amado e senhor de toda a obsessão de Jane, o Mr. Darcy! Eu amo como era feita a transição dos dias atuais para as vestimentas de época, seus vocabulários, as refeições, os costumes em geral que todos "tentavam cumprir". Era impossível não nos remetermos ao "mundo de Austen"...

Tia Saffronia segurou o braço de Jane e a levou para o andar de cima, para um quarto de tamanho confortável com uma cama com dossel, paredes azul-bebê, poucos móveis, nem um pouco gótico o suficiente para que ela ficasse tentada a procurar entalhes com o nome "Catherine Heathcliff" nas janelas... Era um pouco desanimador descobrir que o lampião de "querosene" ao lado da cama tinha uma lâmpada com formato de chama e estava enfiada em uma tomada.

Eu achei a capa incrível! Aquelas capas que já enunciam bons presságios... Simplesmente perfeita! A cara do "mundo de Austen". Além de tudo isso, eu amei a malfadada lista numerada dos ex namorados de Jane, que aparecia no início de cada capítulo, ora humorada, ora nem tanto assim. Foi um frescor "conhecer" cada namorado no início de cada capítulo, também foi muito explicativo para o comportamento de Jane.

Alex Ripley, 4 anos
Alex declarou para a professora da pré-escola de Jane, para os pais e para a Cindy (a garota que tinha cortado a própria franja) que ele e Jane iriam se casar. Depois de uma emocionante caçada a ovos de páscoa no parque, ele correu com Jane para trás de uma árvore.
- Quero dar a você uma coisa que significa que vamos ficar juntos pra sempre.
Ele a beijou nos lábios sete vezes. Fez Jane pensar em bicadas de galinha. Uma bicada macia. Naquele verão, os pais de Alex se mudaram para Minnesota. Ela nunca voltou a vê-lo.

O que me incomodou um pouco...
Eu queria tanto que Austenlândia tivesse sido narrado em primeira pessoa, mas não foi. Isso me incomodou bastante. Eu queria ter estado mais na cabeça de Jane, quem sabe assim, eu teria tido uma conexão real com ela.

Não há dúvidas de que Hale é uma escritora incrível, mas é tão perceptível a falta de "maturidade" nesse romance adulto. Eu de verdade esperava muito mais, por ser o mundo de Austen, por haver tantas referências e citações às suas obras, pela ideia toda do livro em si ser simplesmente incrível. E eu não consegui chegar ao clímax... Enfim, poderia ter sido muito melhor desenvolvido. Não consegui ter uma conexão natural com os personagens. É um livro curto, de fácil leitura, eu normalmente teria lido em dois dias. Mas por incrível que pareça, fiquei quase um mês... Pasmem! Como eu disse no início, acho que a "sede ao pote", foi demais e com isso fui "travando" ao longo da leitura. Recomendo que leiam sim, mas as fãs da diva Austen, não tenham tantas expectativas...

Melhor quote...
...você não precisa decidir nada agora. Se me permitir ficar perto de você por um tempo, poderemos ver... E se eu não fizer você se sentir a mulher mais bonita do mundo todos os dias da sua vida, então não mereço estar perto de você...