Resenha: Cidade das Almas Perdidas de Cassandra Clare




Título: Cidade das Almas Perdidas
Série: Os Instrumentos Mortais #5
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501403285
Ano: 2013
Páginas: 434


CUIDADO, POIS A SINOPSE CONTÉM SPOILER  

Sinopse: Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?


É difícil resenhar o 5º livro de uma série sem algum spoiler involuntário, porque para contar o que acontece nesse livro eu preciso falar sobre algo dos anteriores. A própria sinopse é spoiler puro do que aconteceu no 4º livro. Vou tentar me conter ao máximo em relação a spoiler e por isso mesmo não me aprofundarei muito na história do 5º livro.
Pois frequentemente, quando algo precioso se perde, ao voltarmos a encontra-lo, pode não ser mais o mesmo. [Pág. 94] 
Depois de tudo o que aconteceu em Cidade dos Anjos Caídos, Jace está agora desaparecido e com ele Jonathan (Sebastian), que acabou sendo considerado pior que o próprio pai Valentim. Quando Clary finalmente encontra Jace, ele já não é o mesmo por quem ela se apaixonou e está parecido com aquele que ela abomina, seu irmão Sebastian. Ela terá que esconder da Clave o que descobriu, senão será o fim de Jace. Com a ajuda daqueles que amam Jace, ela está disposta a fazer de tudo para salvar o namorado, inclusive recorrer a Seelie, Rainha das Fadas, que nunca deve ser confiada e também ficar ao lado do perverso irmão. 
[...] Como ele podia ser Jace e não sê-lo ao mesmo tempo? Como era possível se sentir destruída e feliz, simultaneamente? [Pág. 185] 
Enquanto isso os outros personagens também possuem seus problemas pessoais. Alec continua preocupado e curioso com o passado de Magnus e por isso irá atrás da última pessoa que deveria para pedir ajuda. Isabelle agora tem que lidar não só com a separação dos pais, mas também com os sentimentos que Simon despertou nela. Simon ficará ao lado de Clary na tentativa de ajudar a encontrar e salvar Jace. Jordan e Maia terão que lidar com o presente e passado e tentar reconstruir seu romance. Jocelyn e Luke não conseguiram realizar sua cerimônia e agora terão que lidar com a volta de Sebastian, o desaparecimento de Jace e com suas próprias vidas, que estão em risco.

A narração continua em terceira pessoa e abrangendo vários personagens como Clary, Alec, Simon, Maia, Jordan, etc.

O destaque do livro pra mim foi Simon, talvez o único personagem por quem eu não ficasse irritada (ok, Magnus Bane tb nunca me irrita, ele também salva o livro). Clary, Jace e Alec me estressaram boa parte do livro. Alec com essa fixação com o passado de Magnus ficou cansativo e chato. Clary ficou bem irritante por vários motivos (e em vários momentos) que não vou enumerar. E Jace já não é mais o mesmo personagem engraçado e sarcástico por quem todas se apaixonaram, pelo menos eu não senti o mesmo por ele que eu sentia nos 3 primeiros livros da série.

Alguns personagens eu vi como descartáveis, como Maia e Jordan, que a nada acrescentaram. Além disso, acredito que das mais de 400 páginas, Cassandra Clare poderia tirar mais da metade que não faria falta, porque há mais enrolação do que ação e o enredo não se desenvolve muito. A história só passou a me interessar depois de quase 300 páginas lidas, pois foi quando as coisas começaram a acontecer e alguma ação se estabeleceu. O final, como em todos os livros da série, nos surpreende e nos faz ficar ansiosos pelo próximo volume.

Uma das coisas que gostei foram “resquícios” referentes a outra saga de Caçadores de Sombras da Cassandra, a série “As Peças Infernais”. Quem já leu os 3 livros, irá associar algumas falas ou personagens com a outra série. E pra mim foi um pouco difícil ler Cidade das Almas Perdidas porque o tempo todo eu ficava lembrando e comparando com “As Peças Infernais”, mesmo  não querendo fazer isso, foi inevitável, principalmente agora que já li os 3 livros (o último li em inglês), e gostei muito mais da outra série e dos personagens.  

Devo lembrar que gosto é uma coisa muito relativa e da mesma maneira que não gostei tanto desse livro, muitos irão amar. Então se me perguntassem se eu recomendaria esse livro eu responderia COM CERTEZA. Recomendo a quem já começou a série e a quem ama o mundo criado pela Cassandra. Mas admito que gostaria que ela tivesse terminado a série como trilogia, pois pra mim, muita coisa perdeu o sentido desde o quarto livro. 

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