Resenha: Mentiras de Michael Grant

Título: Mentiras
Série: Gone #3
Autor: Michael Grant
Editora:Galera Record
ISBN:9788501086372
Ano:2012
Páginas: 378


Sinopse: Terceiro volume da série best seller do NYT, sobre o estranho sumiço dos adultos mundo afora, o que deixa apenas adolescentes e crianças para desvendar o mistério. Neste volume, sete meses se passaram e as coisas parecem finalmente ter criado alguma ordem no LGAR - se é que podemos chamar de ordem um bando de crianças sozinhas e armadas. Mas estabilidade não parece ser uma opção no LGAR. Coisas cada vez mais estranhas continuam a acontecer e, como se não bastasse, um boato ainda mais estranho, para não dizer assustador, começa a se alastrar. Mas mesmo naquele lugar bizarro não é possível que mortos voltem à vida... é?
Não contém spoiler desse livro nem dos anteriores.

Pânico, destruição, desespero, medo, caos... Um inimigo poderoso está de volta e sua maldade não tem limites...

Alguns meses se passaram desde o segundo livro e as coisas parecem estar melhores em relação à comida, pelo menos eles não estão mais morrendo de fome. Mesmo que a comida não seja muita, com um novo sistema que construíram em Praia Perdida tudo melhorou.
[...] Pareciam uma versão infantil de algum tipo de filme sobre o fim do mundo, pensou Sam, não pela primeira vez. Armadas, vestindo roupas esquisitas, com chapéus estranhos, roupas de homens, roupas de mulher, capas feitas de toalhas de mesa, descalços ou usando sapatos de número errado. [Pág. 53]
Só que no LGAR coisas boas não duram por muito tempo. Uma nova ideia está sendo pregada para os moradores de Praia Perdida de que o “puf” (momento em que você faz 15 anos e deve decidir se vai desaparecer/morrer ou lutar para permanecer ali), os libertará e os levará de volta para encontrar seus entes queridos. Isso começa a mexer com a cabeça do pessoal que já não sabe mais no que acreditar e não veem a hora de reencontrar sua família. 

Além disso, algumas pessoas que já morreram são avistadas perambulando por Praia Perdida, mas será possível que os mortos possam voltar a vida?

Cainecontinua o vilão de sempre, tentando destruir Sam e só pensa em si mesmo. Os garotos da Academia Coates apesar de não estarem mais em grande número continuam fiéis a Caine, mas estão passando fome. A possibilidade da existência de uma ilha com um casarão cheio de comida faz Caine precisar da ajuda de outro vilão na história: Zil.
- No fim temos de ficar totalmente livre das aberrações. As grandes, as perigosas; temos de acabar com elas. Exterminá-las. Com dano extremo. É o que costumavam dizer quando queriam falar “assassinar”. Exterminar com dano extremo. [Pág. 81-82]
Zilé o comandante do “Grupo Humano”, aqueles que odeiam todos que desenvolveram poderes, as “aberrações”. Ele e Caine têm algo em comum: acabar com Sam (matar seria o termo mais correto). E como já foi visto nos livros anteriores, matar não é problema para muitos ali, mesmo quando só temos crianças e adolescentes convivendo umas com as outras. 
Faltava um minuto para a declaração de guerra total contra as aberrações.
Vinte e três deles se infiltravam pelas ruas escuras em grupos de dois ou três, com armas, porretes escondidos embaixo de agasalhos e casacos. Alguns andando com insolência, outros se esgueirando apavorados como camundongos. O grande medo era de que Sam pudesse vê-los antes do tempo. Que tentasse impedi-los antes que pudessem começar a festa. [Pág. 162]
E assim começa uma batalha entre o bem e o mal que irá destruir muita coisa pelo caminho. E o final? É totalmente eletrizante, eu estava desesperada enquanto lia e não conseguia largar o livro até chegar a última página e eu já estava querendo bater no autor de tanto nervoso por vários acontecimentos que me deixaram de boca aberta e cabelos em pé. 
- Eu implorei para que Ele me deixasse morrer, Edilio. Rezei ao Deus de quem Astrid tanto gosta e disse: Deus, se você está aí, me mate. Não me deixe sentir mais essa dor.
- Você não entende, Edilio. [...] Não há mais nada a se fazer com gente assim. É preciso matar todos eles. Zil. Caine. Drake. É preciso matar. Portanto, vou começar com o Zil e a galera dele. Você pode vir comigo ou não. [Pág. 195]
Novos personagens, novos poderes, lugares antes não explorados, mais mortes, mais maldade, mais coisas inexplicáveis...

A narrativa continua como nos livros anteriores, dividida por diversos personagens do livro. De certa forma eu fiquei confusa com as divisões de vez em quando, mas como essa série tem uma grande quantia de personagens e todos são importantes, é fundamental ter o ponto de vista de todos, então essa divisão funciona muito bem. Metade do livro é tensão pura!!

Continuo odiando Caine, Zil e todos os vilões, mas dessa vez também me irritei muito com dois dos “mocinhos”, Astrid e Albert. Os personagens novos me agradaram, com exceção de um que odiei e quem ler vai saber logo quem é.

A série é mais do que recomendada, mas não é para quem tem estômago fraco. É muita maldade entre crianças e adolescentes e não é qualquer um que consegue ler algo assim facilmente. 

Não posso deixar de dizer que gosto muito mais das capas brasileiras do que as originais, que possuem apenas os rostos dos personagens e não dá pra ter a menor noção do tipo de livro que ele é (além disso esses rostos não parecem de adolescentes de 14 anos). E lembrando que a série possui 6 livros (Gone, Hunger, Lies, Plague, Fear e Light) e 5 já foram lançados nos EUA, o 6º sairá em 2013 por lá.

Vejam a comparação entre as capas americanas e brasileiras dos 3 primeiros volumes que montei e me digam o que acham:


Resenhas dos livros anteriores:


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