A Casa das Sete Mulheres- Leticia Wierzchowski

Sinopse: Este romance de Leticia Wierzchowski mostra a Guerra dos Farrapos - (1835-1845) e suas conseqüências maléficas sobre o destino de homens e mulheres. O líder do movimento, Bento Gonçalves da Silva, isolou as mulheres de sua família em uma estância afastada das áreas em conflito com o propósito de protegê-las. A guerra começou a se prolongar. E a vida daquelas sete mulheres confinadas na solidão do pampa começou a se transformar...

O Livro da Leticia Wierzchowski, intitulado "A Casa das Setes Mulheres" foi a base ínicial que a Globo ultilizou para criar o roteiro da mini-série com o mesmo título exibida em 2003, sendo um grande sucesso de audiência e alavancando a venda o livro da Leticia, depois do fim da série, foi lançado outro livro baseado no roteiro feito pela Maria Adelaide Amaral e Walter Negrão para a TV.

Ha grande diferenças nas história do livro e da séria, enquanto no primeiro o protagonista é a Revolução Farropilha e é mostrada sobre a pesrpectiva dessas mulheres e os homens da sua vida, o segundo da importância a vida das mulheres e como foram afetadas de forma melodramática,o plano de fundo é a vida das sete mulheres e sua intereção com os homens que vão à guerra.

Muitas pessoas que se encantaram com a série tanto pela dinâmica dos acontecimentos, os romances, a musica e a fotografia foram atrás do livro original e grande parte se decepcionou. O livro de Wierzchowski é o típico romance histórico, onde os fatos são apresentandos de forma graduada, com uma narrativa lenta, tendo vista que o livro cobre os dez anos da revolução e quer mostra os seus principais fatos.

Uma das grandes diferenças é a personalidade de cada mulher, as únicas que chegam próximo da realidade do livro na série é a D.Antonia e D.Ana, que em sua grande parte são representadas de forma fiel, contudo isso se perde com as outras mulheres. A mais diferente é a Maria Manuela mostrada na série como antagoista e malévola e no livro como uma típica mulher do seculo XIX, calma paciênte, dedicada ao marido, o qual ama, e filhos e que depende do homem da casa para decidi algo importante.

O triângulo amoroso entre Corte Real, Rosário e Steban é inexistente no livro, Rosário vai para o convento por esta louca e não por vontade própria. Muitos acontecimentos são diferentes mostrando com mais detalhe e realidade a guerra e a vida desses que esta arrastou contra a vontade deles.

Gosto da série apesar de ser muito nova quando foi exibida na Globo e tive que parar de vê-la quando as aulas retornaram, a série começou a ser exibida em um horário tardio, mas anos depois pude ver a série completa e agora sem querer achei na biblioteca o livro. Senti no ínicio, como disse antes, o peso e a draticidade da narrativa. Ela é densa e crua, muitas veze angustiantes, levei mais tempo do que levo em um livro de seissentas páginas, mas cada palavra valeu a pena. A Riqueza de detalhes da guerra é primorosa, e aqui pude entender o relacionamento Anita,Garibaldi e Manuela, e pude deixar de fica brava por ele ter largado-a.

Na minha aula de roteiro, faço aula de História em Quadrinho: Ilustração/Roteiro estavamos discutindo os filmes, livros e séries que sãp ambientadas no passado, contudo os personagens tem a personaliade e a filosifia de vida atual. Um exemplo citado foi os filmes medievais onde um ferreiro lutava para conquitar uma nova posição, quem não sabe, nessa época você nascia ferreiro, morria ferreiro porque Deus quis assim, era a ordem natural das coisas. Quando o cinema e a televisão transportam o conceito de liberdade feminina atual para o pasado, onde as mulheres são fortes, decididas e se rebelam contra a sociedade não estão retratando a realidade de época, só a usando como plano de fundo de suas histórias.

As mulheres daquela época eram fortes, não tipo de força que estamos acostumados, e sim forças brandas e discretas, elas eram a base da sociedade o braço direito dos homens, contudo nunca reconhecidas como força política.

Senti de ínicio a falta de profundidade dos personagens e cenas, contudo entendi que o protagonista não era As Sete Mulheres em si, mas a guerra que arrassou com vidas e fez novos horizontes surgirem. O fim do livro é muito parecido com o ínicio, um recorte do presente mostrado por duas perspectivas, as páginas do diário de Manuela de seu passado e suas crônicas do futuro e em terceira pessoa observando a vida de todos os que foram importantes para a guerra.

Espero que tenham gostado dessa resenha, recomendo o leitura, e paciência para aqueles que não gostam do gênero ( lembre-se temos que ser vampirinhas cultas, isto é ler de tudo), mas para vocês ver a mini-serie que marcou minha pré-adolescência. Toda vez que escuto a musica "Sete Vidas - Adriana Mezzadri" me trás uma sensação tão gostosa que guardarei o livro e a série entre os meus top 10.

Beijos dessa Bruxinha Vampira leitora de tudo, até bula de remédio e classificado de jornais.