Título: Apenas Um Dia
Autor: Gayle Forman
Gênero: Romance
Editora: Novo Conceito
Páginas: 384
Ano: 2014
Compare preços
Nossas vidas são planejadas metodicamente, cada aresta aparada com a maior atenção. E seguimos o roteiro, representamos o papel, andamos na linha do que esperam de nós. Na verdade, vivemos como equilibristas em uma corda bamba dos desejos não cumpridos e das expectativas rompidas. Sem perceber o mais importante: Às vezes o segredo é se atirar de cabeça no vazio. No que nunca fomos e no que nunca tivemos coragem de tentar ser. Mesmo que dure apenas um dia. Em vinte e quatro horas, tudo pode mudar, para sempre. Basta dar o primeiro, até mesmo único, passo.
Alguns poderiam dizer que Allyson tem uma vida perfeita. Notas brilhantes, uma melhor amiga, uma família que a apoia. Segurança e ordem. Mas poucos sabem o quanto há por trás dessa faxada aparentemente intacta. Talvez nem a própria Allysson saiba, até conhecer Willem. Destemido e sobretudo livre, Allysson o encontra durante uma das únicas vezes que quebra uma regra, quase obrigada pela amiga, em uma viagem de conhecimento a Europa. Quando comenta que gostaria de visitar Paris, retirado do cronograma por alguns inconvenientes, Willem imediatamente a convida para ir com ele. E para surpresa de todos, inclusive a sua, ela aceita. Quando põe os pés naquele trem, não é apenas seu nome que muda. Ela se transforma em outra pessoa. Mas, talvez, só talvez, essa sempre tenha sido sua verdadeira personalidade. Willem e a nova Allysson, ou também conhecida como Lulu, descobrirão, juntos, o que pode acontecer em apenas um dia. Um dia que mudará irrevogavelmente as vidas de ambos.
Comecei esse livro já temendo não gostar, devido a enorme decepção que tive com "Se eu ficar". No entanto, fico imensamente feliz em estar errada dessa vez. Essa foi uma das surpresas mais doces da minha vida de leitora. A história é narrada em duas partes: A primeira antes e durante o dia da viagem a París, e a segunda um ano depois do acontecido. Primeira pessoa, um ritmo delicioso, leve, envolvente. Gayle conquista nas sutilezas, no clima, sempre com bom humor, mas sem nunca abandonar o ar reflexivo, mesmo que velado.
O final me deixou querendo mais. Muito e muito mais. Sei que a continuação logo será lançada, mas será, pelo que sei, a mesma história contada sob o ponto de vista do enigmático Willem. E um conto será lançado para elucidar o que acontece depois do fim. Depois do recomeço. Fiquei frustrada, mas já me animei ao saber que os direitos estão sendo comprados para um filme. É claro que a profundidade jamais será a mesma, mas mesmo assim, sempre bom. Aliás, obrigada, Gayle, por ter colocado Shakespeare tão intrinsecamente na trama. Ficou fantástico.
Allysson é a típica personagem que cresce durante a história. Mas cresce de forma impressionante. Amadurece, começa a ver, e viver, a vida de outra forma. Aí vem todas as reflexões sobre o quanto pode significar um único dia. Um único momento de coragem insana. As transformações, as descobertas, as aventuras. Algo que permanece e ecoa. Talvez o que uniu Willem e Allysson não tenha sido, a princípio, amor. Mas sim, vontade de encontrar o seu lugar no mundo. E os dois encontraram. Juntos. Apesar de tudo. E continuaram a encontrar, mesmo quando separados.
Apenas um dia é uma história para sentir. Só sentir. Pensar, deixar-se levar. Deixar-se encantar e mergulhar no mais fundo de si mesmo. As percepções me atingiam intensamente conforme a leitura fluía, me abraçando e expondo reflexões já velhas conhecidas. Uma história sim, sobre identidade, mas principalmente, sobre coragem. Força. Mudanças e o quão difíceis elas podem ser. Mas mesmo assim, são necessárias.
Sem dúvidas indico. Contudo, apenas para aqueles capazes de perceber as minúcias do simples, que acaba por se tornar, e englobar, o todo. Mais uma vez, fico sem palavras. Tocante, incrível, transcendental. Esse é apenas um dia. Esse é o poder que está latente, dentro de cada um de nós. Para fazer. Mudar. Ser.
Autor: Gayle Forman
Gênero: Romance
Editora: Novo Conceito
Páginas: 384
Ano: 2014
Compare preços
Sinopse: A vida de Allyson Healey é exatamente igual a sua mala de viagem: organizada, planejada, sistematizada. Então, no último dia do seu curso de extensão na Europa, depois de três semanas de dedicação integral, ela conhece Willem. De espírito livre, o ator sem destino certo e tudo o que Allyson não é. Willem a convida para adiar seus próximos compromissos e ir com ele para Paris. E Allyson aceita. Essa decisão inesperada a impulsiona para um dia de riscos, de romance, de liberdade, de intimidade: 24 horas que irão transformar a sua vida. Apenas um Dia fala de amor, mágoa, viagem, identidade e sobre os acidentes provocados pelo destino, mostrando que, às vezes, para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro... Muito do que procuramos está bem mais perto do que pensamos.
Nossas vidas são planejadas metodicamente, cada aresta aparada com a maior atenção. E seguimos o roteiro, representamos o papel, andamos na linha do que esperam de nós. Na verdade, vivemos como equilibristas em uma corda bamba dos desejos não cumpridos e das expectativas rompidas. Sem perceber o mais importante: Às vezes o segredo é se atirar de cabeça no vazio. No que nunca fomos e no que nunca tivemos coragem de tentar ser. Mesmo que dure apenas um dia. Em vinte e quatro horas, tudo pode mudar, para sempre. Basta dar o primeiro, até mesmo único, passo.
"As manchas são ainda piores quando se é a única pessoa que consegue vê-las."
Alguns poderiam dizer que Allyson tem uma vida perfeita. Notas brilhantes, uma melhor amiga, uma família que a apoia. Segurança e ordem. Mas poucos sabem o quanto há por trás dessa faxada aparentemente intacta. Talvez nem a própria Allysson saiba, até conhecer Willem. Destemido e sobretudo livre, Allysson o encontra durante uma das únicas vezes que quebra uma regra, quase obrigada pela amiga, em uma viagem de conhecimento a Europa. Quando comenta que gostaria de visitar Paris, retirado do cronograma por alguns inconvenientes, Willem imediatamente a convida para ir com ele. E para surpresa de todos, inclusive a sua, ela aceita. Quando põe os pés naquele trem, não é apenas seu nome que muda. Ela se transforma em outra pessoa. Mas, talvez, só talvez, essa sempre tenha sido sua verdadeira personalidade. Willem e a nova Allysson, ou também conhecida como Lulu, descobrirão, juntos, o que pode acontecer em apenas um dia. Um dia que mudará irrevogavelmente as vidas de ambos.
Comecei esse livro já temendo não gostar, devido a enorme decepção que tive com "Se eu ficar". No entanto, fico imensamente feliz em estar errada dessa vez. Essa foi uma das surpresas mais doces da minha vida de leitora. A história é narrada em duas partes: A primeira antes e durante o dia da viagem a París, e a segunda um ano depois do acontecido. Primeira pessoa, um ritmo delicioso, leve, envolvente. Gayle conquista nas sutilezas, no clima, sempre com bom humor, mas sem nunca abandonar o ar reflexivo, mesmo que velado.
O final me deixou querendo mais. Muito e muito mais. Sei que a continuação logo será lançada, mas será, pelo que sei, a mesma história contada sob o ponto de vista do enigmático Willem. E um conto será lançado para elucidar o que acontece depois do fim. Depois do recomeço. Fiquei frustrada, mas já me animei ao saber que os direitos estão sendo comprados para um filme. É claro que a profundidade jamais será a mesma, mas mesmo assim, sempre bom. Aliás, obrigada, Gayle, por ter colocado Shakespeare tão intrinsecamente na trama. Ficou fantástico.
"Eu não sei quem eu sou, ou talvez saiba quem sou e simplesmente não queira mais ser."
Allysson é a típica personagem que cresce durante a história. Mas cresce de forma impressionante. Amadurece, começa a ver, e viver, a vida de outra forma. Aí vem todas as reflexões sobre o quanto pode significar um único dia. Um único momento de coragem insana. As transformações, as descobertas, as aventuras. Algo que permanece e ecoa. Talvez o que uniu Willem e Allysson não tenha sido, a princípio, amor. Mas sim, vontade de encontrar o seu lugar no mundo. E os dois encontraram. Juntos. Apesar de tudo. E continuaram a encontrar, mesmo quando separados.
"Um dia. Parte de mim sabe que mais um dia não servirá para nada além de postergar o coração partido, mas outra parte de mim pensa diferente. Nascemos em um dia. Morremos em um dia. Podemos mudar em um dia. E podemos nos apaixonar em um dia. Qualquer coisa pode acontecer em apenas um dia."
Apenas um dia é uma história para sentir. Só sentir. Pensar, deixar-se levar. Deixar-se encantar e mergulhar no mais fundo de si mesmo. As percepções me atingiam intensamente conforme a leitura fluía, me abraçando e expondo reflexões já velhas conhecidas. Uma história sim, sobre identidade, mas principalmente, sobre coragem. Força. Mudanças e o quão difíceis elas podem ser. Mas mesmo assim, são necessárias.
Sem dúvidas indico. Contudo, apenas para aqueles capazes de perceber as minúcias do simples, que acaba por se tornar, e englobar, o todo. Mais uma vez, fico sem palavras. Tocante, incrível, transcendental. Esse é apenas um dia. Esse é o poder que está latente, dentro de cada um de nós. Para fazer. Mudar. Ser.
"Se o tempo pode ser fluido, então talvez algo que seja apenas um dia possa continuar para sempre."